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Nó Tático

O Brasileirão murchou

Escrito em

Paulo Martins

Isso para não dizer que perdeu a função viril. Alguns entenderão. O que eu não entendo é como uma das edições que prometiam mais equilíbrio na história da competição simplesmente definha.

É uma questão que vai além do mal ano do atual campeão Atlético Mineiro ou da preferência do Flamengo pelas copas. Ninguém quis ganhar! Por isso o Palmeiras é o campeão virtual, quase matemático e sem dificuldades, e o Inter (sim, treinado por Mano Menezes) é o vice-líder.

A temporada do Colorado teve reviravoltas, desde perder a semifinal do estadual no Gre-Nal e sair para o Globo, do Rio Grande do Norte, na fase inicial da Copa do Brasil. O técnico (Alexander “El Cacique” Medina, que depois levou o Vélez à semifinal da Libertadores) mudou e outras peças do elenco evoluiram. O Inter é o time que faz o melhor com o que tem, como disse a pouco tempo nesta coluna.

Para o palmeirense fica uma sensação muito similar à de 2018, quando a eliminação na semifinal da Libertadores não foi uma sangria estancada pelo título brasileiro de dito ano. A mesma mão que deu o Brasileirão de 2018, foi a que tirou do Palestra a Libertadores de 2022, enquanto muitos diziam já ser aposentado e ultrapassado a um dos maiores técnicos de todos os tempos. Não se subestima Luiz Felipe Scolari.

No meio da tabela, um time qualquer pode tanto vencer duas seguidas que se situa perto da zona de Libertadores como perder os mesmos jogos e estar próximo ao Z-4.

Mesmo as equipes da zona de rebaixamento não jogam nada: ao Cuiabá falta elenco, ao Avaí falta consistência institucional, emocional e futebolística, ao Atlético Goianiense faltou a gestão de calendário com a boa temporada em copas, mas que pôde custar o rebaixamento, e quanto ao Juventude… foi bom ver a neblina em Caxias do Sul enquanto durou.

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