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Nó Tático

Na vida e no futebol, organização é tudo

Escrito em

Paulo Martins

Preparo e competência acompanham aqueles que buscam o êxito. Não exclusivo nas quatro linhas, a rodada de semifinais Segundinha e a mais recente do Brasileirão falam muito sobre tal aspecto.

Começamos pelo cenário local, onde o Planaltina colhe o fruto de tudo aquilo que plantou. Antes mesmo da chegada do técnico Hugo Burgos, o Galo ano após ano batia na trave para subir e parece muito perto, ao ter batido o muito entrosado Luziânia, em Goiás.

Era um desafio à altura de uma semifinal. Daí é onde fica evidente que a preparação com prazos longos funcionam. E bem. Diferente fez o Brazlândia: atrasado no BID, mesclando o elenco do sub-20 com outras de última hora, foi goleado em casa pelo Ceilandense. É certo que o Dragão, por sua vez, conta com a “configuração de video game” de quem é apadrinhado pelo Brasiliense e seu proprietário. Entretanto, a Garça perde a oportunidade de dar o melhor possível a um competente treinador como Bruno Coelho e joga o ano fora após ter épica classificação no mesmo gramado da Chapadinha.

Problema nacional

A má vontade das direções é um clássico do esporte brasileiro, em geral. Em um cosplay do GEB, o Palmeiras afasta cada vez mais Abel Ferreira (maior ídolo da história alviverde) de seus planos. Sem profundidade de elenco, mesmo com condições, a equipe paulistana perdeu para o Santos pela primeira vez desde 2019.

Entretanto, o fato de ter caído para a pior versão do Peixe na história, praticamente confirmando a permanência e evitando o inédito rebaixamento, amplia esse fato. Desde a última vez, nem Mano Menezes nem Vanderlei Luxemburgo perderam para o alvinegro. Não é culpa do Boca Juniors (que sim foi ao mercado) senão de uma gestão despreocupada com competitividade.

Organizar-se faz a diferença, também, na hora de fechar com o elenco. Ora, são os 11 cavalheiros que fazem a diferença em campo. Não só o Santos acertou ao promover Marcelo Fernandes como técnico, como também o fez o Botafogo, ao se salvar do maior vexame da história, perdendo o título com a maior vantagem de um líder em uma edição dos pontos corridos.

É sabido que o Glorioso ainda não confirmou o título. Mas bastou ver o triunfo sobre um motivado e moralmente forte Fluminense como via de como o elenco se sente com a comissão provisória, que deveria ser definitiva até o fim da temporada.

Identidade faz toda a diferença na hora da bola rolar. Motiva a competir. É a alma do torcedor. Por isso os referentes Lúcio Flávio e Joel Carli devem permanecer à frente do elenco e confirmarem o trabalho anterior de Luís Castro (quase arruinado por Bruno Lage) para tirar o time da Estrela Solitária de uma fila de 28 anos. Certamente, a honra de vestir uma camisa e representar um clube de futebol será assunto para mais aqui nesta humilde coluna, bem como no futebol candango.

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