Na manha deste domingo (10), a história foi feita mais uma vez. O Sada/Cruzeiro conquistou o quarto titulo de Superliga e se juntou ao Minas e a extinta equipe de Florianópolis como os maiores vencedores da história do torneio. Depois da vitória por 3×1 contra Campinas no Nilson Nelson, o time mineiro também completou a temporada perfeita, seis torneios disputados e seis títulos.
A história do jogo mostrou uma similaridade com a final feminina disputada na semana entre Rio de Janeiro e Praia Clube. A típica história entre Davi e Golias, só que na Superliga representada por um gigante contra o estreante. Em ambas as ocasiões, Davi não conseguiu derrubar Golias. Rio de Janeiro e Cruzeiro mostraram o porquê de serem consideradas as melhores equipes do país.
Mas Davi não foi derrotado sem lutar. A equipe de Campinas jogou na final o jogo que lhe credenciou a estar nela, e o Cruzeiro sofreu. E como sofreu.
O time mineiro começou lento e viu a equipe campineira ganhar o primeiro set e com três dos quatro sets sendo decidido na diferença mínima, o time paulista saiu de quadra com a sensação de que o máximo foi feito só que o Golias era muito melhor e soube usar isso a seu favor.
Um dos maiores pontuadores do time paulista, o ponteiro Lucas Loh não escondeu a decepção pela perda do título, mas por sua vez reforçou a força do Cruzeiro. “Ficou um gosto ruim na boca, nós tínhamos qualidade e grupo para ganhar esse final. É muito difícil ganhar desses caras. Mas estou feliz pra caramba de trazer esse projeto à final já é um feito muito grande, o Cruzeiro começou assim eu me lembro muito bem porque eu fazia parte do grupo espero que o Campinas siga o mesmo caminho”, ressaltou o jogador.
E nas horas mais importantes da partida, o Golias mostrou o porquê é o Golias. O Cruzeiro fez prevalecer a sua força nas horas mais decisivas como no segundo set quando o jogo marcava 23×23, e o central Éder fechou o set por 25×23 com dois aces. No set final a equipe soube administrar os momentos mais tensos e forçar a equipe paulista a errar, o jogo terminou com um erro de ataque do Lucas Loh.
A temporada também serviu para recuperar jogadores que chegaram no inicio dela com lesão, casos como o Isac e do Wallace. Na situação do oposto, ele comemorou a temporada livre das dores nas costas que o incomodaram no ano passado enquanto defendia a seleção brasileira pela Liga Mundial. “A temporada foi muito boa, jogamos bem fizemos em excepcional campeonato, sobre mim é uma das poucas vezes que eu vou falar que fiz uma boa temporada, não dei prejuízo para o time então eu acho que foi bom, foi bem válida e foi consagrada com o título”, celebrou Wallace que terminou a partida com 20 pontos e segundo pontuador do time mineiro.
Mas a final teve um gigante dentro da máquina de jogar voleibol que é a equipe do Cruzeiro. O cubano naturalizado brasileiro Leal fechou a partida com 22 pontos sendo o maior pontuador da partida e eleito o MVP da final com o Viva Volei. O cubano cresce nas horas mais importantes e mostrou o porquê é um dos melhores jogadores em atividade no país. “Essa é a minha função no time, eu e o Wallace temos a função de virar as bolas, o Felipe passou muito bem hoje, a equipe funciona assim cada um faz a sua função e o objetivo é cumpri-la e o time tem conseguido e está sendo muito bom nos cinco campeonatos que eu joguei pelo Cruzeiro eu fui o melhor jogador então eu estou bem feliz”, comentou o jogador.
O ponteiro ainda ressalta que a grande força da equipe vem de manter a competitividade o tempo inteiro e que a equipe ainda quer muito mais conquistas. “Todos os anos a equipe tem metas a ser batida, cada competição tem um gosto diferente, agora é descansar um pouco porque a gente merece pra fazer a próxima temporada tão boa quanto essa”, finalizou o cubando eleito o melhor jogador da final.
