Futebol
Ceilândia bate o Luverdense na última bola do jogo
Jogo chato no Abadião tem desfecho positivo e classificação praticamente selada do Gato Preto à próxima fase
Escrito 2 meses atrás em
Por Paulo Martins

Foto: Marcos Rezende/Ceilândia
Em um confronto protocolar e sem ofensividade intensa de ambas partes, o Ceilândia conseguiu um triunfo na última bola frente ao Luverdense, neste sábado (05/07). O jogo no estádio Abadião correu pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série D, no Grupo A5.
O resultado conserva posições: o Gato Preto segue como vice-líder, com 23 pontos, enquanto o Luverdense mantém o terceiro lugar, com 20. A líder Aparecidense venceu o Porto Velho em casa e conserva a ponta, com 25 unidades. Nenhum resultado no confronto de quarto e quinto colocados, Mixto x Capital, muda a situação no grupo.
Na primeira etapa, o jogo pelo lado direito do Gato Preto foi neutralizado pelo LEC, que ficou mais aliviado após o vermelho mostrado a Lagoa, aos 40. Na etapa complementar, as visitas dos ataques às áreas se fizeram ainda mais raras, e uma escapada inesperada no último lance deu o gol que praticamente sela o passe do Ceilândia aos 16-avos de final.
O jogo
A partida começou como a demanda exigia: com forte vigor na marcação e com o aval de que o calor não estava tão firme como de costume. A primeira oportunidade foi dos visitantes, aos três minutos, em chute desviado de Gui Azevedo, que passou por cima da meta de Elias, após bola perdida por Júnior Timbó na entrada da área.
O Luverdense amarrava o meio-campo enquanto o Ceilândia buscava estocadas mais laterais, sobretudo ao tentar acionar Kennedy pela direita. No desenho tático, Paulinho reforçava o apoio, enquanto Tarta ajudava na saída de bola pela lateral-direita. Esta ação foi neutralizada, e os mato-grossenses chegaram novamente aos 13, em cabeceio de Lucas Vieira por cima, após cruzamento de Matheus Coruja.
A resposta veio no erro após tentativa de remate de Valter Bala na segunda trave, após cruzamento de Kennedy desde a direita. Aos 15, Edson Reis tentou virar uma bicicleta após cruzamento de Everaldo, não pegando em cheio. Tarta repetiu a tentativa aos 20, chutando de fora da área e exigindo a primeira defesa do jogo, por parte do goleiro João Guilherme.
Frustrado o escanteio a seguir, Felipinho tentou achar Lucas Vieira em um contra-ataque três contra três, mas parou em excepcional corte de Mingotti. Nos minutos seguintes, nenhuma das equipes levou perigo uma à outra: com meia hora, o LEC havia cometido dez faltas e o Gato Preto, cinco.
O nervosismo parecia se mesclar a um cansaço incomum e precoce. O alvinegro avisou novamente aos 34, em cruzamento de Paulinho concluído por Valter Bala, por cima. Ainda assim, Adelson de Almeida decidiu por desfazer a tática de superpopulação pela direita, devolvendo Paulinho e Tarta às suas funções de origem.
A alternativa foi um alívio para o Luverdense, que foi ampliado pelo segundo amarelo (ambos por falta imprudente) de Lagoa, prejudicando os candangos. A saída para o treinador foi tirar o desgastado centroavante Edson Reis para repor com Lucas Silva a função de primeiro volante.
O ajuste após o intervalo foi defensivo, pelo lado direito, com Kennedy fechando uma linha de cinco na fase defensiva. As tentativas de contra-ataque seguiam inúteis, nulas. A retranca funcionou, uma vez que a primeira finalização do Luverdense na etapa final foi aos 12, com Felipinho, mas parando no arqueiro rival.
O que seguiu foi algo de ânimo do time local, com a responsabilidade do resultado. Entretanto, a condução do duelo, travado na marcação, dificultou qualquer ânimo do Gato Preto, tanto com a bola trabalhada quanto ao tentar contragolpear.
Sequer as alterações mudaram a lógica da partida, que seguiu faltosa e errante em passes, de ambas partes, mostrando que o empate sem gols, literalmente, não mudava a vida de ninguém. Foram equipes limitadas que conservaram o placar como este começou.
Entretanto, a história foi escrita para que não terminasse como em sua origem. Na última bola da partida, em um acréscimo exagerado pelo que mostrou o segundo tempo, Pablo Félix encontrou Nathan Bahia que, aproveitando a falha do zagueiro Matheus Santos, ficou cara a cara com o goleiro João Guilherme, tocando em sua saída e fazendo a festa ao cair da tarde do Abadião.
Ficha técnica – Ceilândia 1×0 Luverdense – Campeonato Brasileiro da Série D – Estádio Maria de Lourdes Abadia – Sábado (05/07/2025) – 16h
Árbitro: Julian Negreiros de Castro/AC
Assistente 1: Lucas Costa Modesto
Assistente 2: Josieliton Silva dos Santos
4° árbitro: Rafael Martins Diniz
Ceilândia
Elias; Paulinho, Mingotti, Badhuga e Everaldo (Pablo Félix); Lagoa, Tarta e Júnior Timbó (Cabralzinho); Kennedy (Nathan Bahia), Valter Bala (Romarinho) e Edson Reis (Lucas Silva) – Técnico: Adelson de Almeida
Gol: Nathan Bahia, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões: Nathan Bahia (amarelo); Lagoa (vermelho, por duplo amarelo)
Luverdense
João Guilherme; Lázaro (Isac), Anderson Alagoano, Matheus Santos e Matheus Coruja; Danilo Borges, Douglas (Luiz Fernando), Gui Azevedo (Felipe Dini) e Felipinho (Lucas Santos); Bruninho (Wender) e Lucas Vieira – Técnico: Wagner Lopes
Cartões: Matheus Santos e Bruninho (amarelo)
Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.


Capital anuncia Fábio Brostel para a temporada 2026

Brasília recebe pela primeira vez o Mundial de Kungfu Wushu
