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Novo técnico do Brasília Vôlei revela: “Temos que estar atentos”

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Nesta sexta feira (01), foram anunciados os primeiros nomes do grupo que vai compor a equipe do Brasília Vôlei na temporada 16/17. A principal novidade é a renovação de boa parte do time titular da temporada passada, algo que nunca havia ocorrido nos três anos anteriores.

Permaneceram na equipe as centrais Vivian e Roberta, as levantadoras Macris e Michelle e a ponteira Amanda. A negociação da renovação da ponteira e capitã da equipe Paula Pequeno está em andamento e o desfecho (feliz ou não) deve acontecer na semana que vem.

Para a temporada, o Brasília Vôlei trouxe nove caras novas. Chegam ao time nesta temporada:

– Andréia Laurence, Sabrina Mancio e Letícia Bonardi (opostas; ex-SESI São Paulo e Cascavel/Unimed)
– Silvana Papini e Fernanda Oliveira (líberos; ex-São Caetano e Maranhão Vôlei)
– Larissa Gongra e Ana Paula Guth (centrais; ex-São Caetano e Concilig/Vôlei Bauru)
– Bia Martins (levantadora; ex-SESI São Paulo)
– Mari Helen (ponteira; ex-São Caetano).

NOVO TREINADOR
Depois de Sérgio Negrão e Manu Arnaut comandarem a equipe candanga em três anos de projeto, a equipe de Brasília vem com um novo comandante na temporada 16/17. O escolhido foi o campeão olímpico em Atenas 2004 como jogador Anderson Rodrigues.

Anderson Rodrigues é mineiro e, atualmente, auxilia Bernardinho na seleção masculina de vôlei - Foto: Alexandre Arruda/CBV

Anderson Rodrigues é mineiro e, atualmente, auxilia Bernardinho na seleção masculina de vôlei – Foto: Alexandre Arruda/CBV

Mineiro de Belo Horizonte, o ex-jogador da seleção brasileira começou a carreira treinando a seleção brasileira feminina militar. Logo depois, foi ser auxiliar técnico do Paulo Cuoco na equipe feminina do Minas e, atualmente, integra a comissão técnica de Bernardinho na seleção masculina.

Como jogador, Anderson participou da equipe campeã olímpica em 2004 em Atenas, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, do título da Copa do Mundo do Japão em 2003 e titulo do Campeonato Mundial na Argentina em 2002, entre outras várias conquistas com a seleção brasileira.

A Esportes Brasília saiu na frente e conversou com o novo treinador do Brasília Vôlei. O agora técnico se diz empolgado com a oportunidade dada e entende que a equipe da capital federal tem um potencial de crescimento muito grande.

Além disso, na entrevista, Anderson revela que a oportunidade de crescer fez com que ele aceitasse o convite de treinar a equipe candanga.

Esportes Brasília: Você esta atualmente na seleção brasileira. Que tipo de experiência você traz para o Brasília Vôlei?
Anderson Rodrigues: Vou levar comigo toda a vivência que tive dentro de quadra, a minha experiência como jogador, e, agora, também o que aprendo a cada dia aqui na seleção brasileira. Aqui, os treinamentos são de altíssimo nível, trabalho e tenho a oportunidade de aprender com os melhores profissionais, e isso tudo vai ser empregado no nosso dia a dia no Brasília Vôlei.

EB: A Superliga Feminina cada ano que passa fica mais difícil. Qual a expectativa para esta edição? Tem alguma equipe que vai merecer atenção especial?
AR: Eu aposto na Superliga mais equilibrada de todos os tempos. Temos vários times com chances de conquistar o título e, na verdade, temos que estar atentos a todos. O Rexona é uma equipe vitoriosa e, claro, sempre representa muito perigo a qualquer adversário. O Dentil/Praia Clube investiu bastante e vai chegar com força. O investimento do time de Osasco diminuiu um pouco, eles perderam alguns símbolos como Adenízia e Thaísa e acredito que venha com um grupo mais modesto e, mesmo assim, sempre chega forte.

EB: Quanto a reforços, algum nome está em vista ou serão apenas utilizadas as contratações do time?
AR: Não temos reforços programados. Peguei o time pronto. Estamos com o grupo fechado.

EB: O Brasília Vôlei não conseguiu, nos últimos anos, furar a barreira das 4as de final. Esse ano o time tem condições de quebrar esse tabu?
AR: Prefiro ir passo a passo. Não posso dar um parecer sobre isso desde agora. Vamos começar a treinar, fazer o nosso trabalho bem feito, entrar no circuito e, quem sabe, futuramente, quebrar essa barreira.

EB: Durante toda a sua carreira você conviveu com técnicos que viva entre o vôlei feminino e masculino e agora você está seguindo o mesmo caminho. O que de positivo você tirou da experiência de ser treinado e de fazer parte da comissão técnica durante esses anos?
AR: Tirei um pouco de cada treinador com quem trabalhei. Agora, tenho o meu estilo de trabalho, claro, que fui construindo com o que absorvi desses profissionais com quem convivi durante tantos anos.

EB: O que te fez especificamente escolher o Brasília Vôlei para iniciar sua carreira como treinador?
AR: O Brasília Vôlei tem tudo para crescer cada vez mais, é um time que conta com profissionais sérios, pessoas que viveram em função do crescimento do voleibol a vida inteira como Sérgio Negrão, Leila e Ricarda, e o projeto me encantou de verdade.

EB: Você tem alguma referencia quanto a treinadores? Se sim, quais você se inspira?
AR: Como disse antes, aprendi com todos os técnicos com quem trabalhei. Não tem um específico que seja uma única referência. Absorvi bastante de todos eles e estabeleci o meu estilo de trabalho.

EB: Você pretende integrar as categorias de base do Brasília ao elenco profissional? Se sim, já tem algum projeto em curso?
AR: Temos esse projeto, mas ainda não posso falar muito sobre isso porque preciso conhecer melhor o trabalho que é desenvolvido no Brasília Vôlei.

EB: Para finalizar quais são as suas expectativas para a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos, tanto no masculino, como no feminino?
AR: Eu realmente acredito em medalhas de ouro para as duas equipes. É a minha aposta. Confio demais no trabalho desenvolvido nas duas seleções.

Ana Paula Freire é formada em jornalismo pela Universidade Católica de Brasília e tem na bagagem a cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

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