Em minha recente passagem pelo Ministério do Esporte, acompanhando agendas para inaugurações de entrega de equipamentos e de espaços destinados à treinamentos esportivos em todo o país, destaco um que me sensibilizou: CIE ou Centro de Iniciação Esportiva.
Além das quadras de atletismo e ginásios muito bem equipados que já foram inaugurados dentro de universidades em todo o país, os Centros de Iniciação irão proporcionar aos atletas de alto rendimento, bem como aos nossos atletas anônimos e iniciantes que compartilhem do mesmo espaço permitindo que a troca de experiências sirva de inspiração e estímulo aos atletas amadores.
Nessas passagens, foram momentos de muita emoção poder registrar o entusiasmo das populações carentes que, jamais poderiam imaginar ter seu filho usufruindo de espaços modernos, com tecnologia avançada e acessibilidade. Os chamados Centros de Iniciação ao Esporte – CIE´s, tem equipamentos multiuso qualificados para a prática de esportes voltados à iniciação esportiva e ao esporte de alto rendimento, estimulando a formação de aletas em áreas de alta vulnerabilidade social.
O complexo possuirá ginásios poliesportivos e área de apoio, onde as crianças poderão aprender mais de dezesseis diferentes modalidades esportivas dentre olímpicas e paraolímpicas, sem contar com a disciplina, força de vontade e superação, valores esses que estão intrinsicamente ligados ao esporte.
No total, os CIE´s contemplarão os seguintes esportes olímpicos, distribuídos de acordo com o tamanho do centro: atletismo, badminton, basquete, boxe, esgrima, futsal, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, levantamento de peso, lutas, taekwondo, tênis de mesa e vôlei. As modalidades paralímpicas oferecidas são esgrima em cadeira de rodas, judô, halterofilismo, tênis de mesa, vôlei sentado e goalball.
O esporte é a bola da vez. Pesquisas já comprovaram que crianças e jovens envolvidos com esporte influenciam toda uma comunidade que por sua vez influencia uma sociedade, influenciando assim um país. Esperemos que o sonho de ver jovens desportistas não se acabe no dia 21 de agosto de 2016 e que o significado da chama olímpica jamais se apague nos corações dos gestores e dirigentes desse país.
O grande legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 certamente será a massificação das práticas esportivas e o contínuo uso desses equipamentos após o término dos Jogos, desde que haja boa vontade e boa gestão.
*Tânia Cristina da Silva Monteiro é turismóloga e Pós-Graduada em Administração e Marketing Esportivo
