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Futebol

Paranoá envia ofício com reclamações sobre a arbitragem na semifinal

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Por conta da atuação da equipe de arbitragem na partida de volta da semifinal do Candangão 2023, entre Real Brasília x Paranoá, a diretoria da Cobra-Sucuri mandou, na tarde da última terça-feira (04), um ofício a Federação de Futebol do Distrito Federal se queixando do quarteto escalado pra o confronto. 

O duelo ficou marcado pelo lance em que o juiz Rodrigo Raposo e o VAR atuaram. Aos 47 do segundo tempo, Rodrigo Raposo foi chamado para revisar um lance em que o lateral Caio Mendes, do Real Brasília, chuta e a bola resvala no cotovelo do zagueiro Dedé, do Paranoá.

Inicialmente, a penalidade máxima não havia sido marcada. No entanto, após comparecer à cabine do VAR, Raposo mudou de opinião e marcou a penalidade máxima. O atacante Luquinhas converteu, empatando o jogo e classificando os Leões do Planalto para a finalíssima do Candangão 2023. 

Na reclamação, o Paranoá pede explicações sobre a penalidade polêmica marcada na partida, solicita as imagens e o áudio do VAR na conversa com o árbitro e quer também a justificativa do porquê o estádio Ciro Machado, na Vila Planalto, ter sido autorizado a receber a arbitragem de vídeo naquele jogo, visto que a FIFA exige uma série de recomendações do local do duelo para que se tenha a presença do VAR. 

O clube requer também que a Federação analise o documento e, em seguida, envie a Procuradoria do TJD/DF (Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal) para julgar uma eventual eliminação do Real Brasília. 

Cadê as imagens?

Perguntado durante o programa “Tá na Rede” da TV Câmara Distrital na última segunda-feira (03), sobre o paradeiro das imagens do VAR, em que o árbitro Rodrigo Raposo afirma ter visto a infração para marcar o pênalti, o presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos, brincou e desconversou, mas apoiou a decisão de Raposo. 

“Eu te mandei (as imagens). O Rodrigo encaminhou o vídeo aí. A imagem é clara, pela interpretação dele (árbitro), realmente bateu no braço. Quando ele faz o movimento do corpo, pega no cotovelo do atleta, tirando a direção da bola que estava rumo ao gol”, disse, em entrevista. 

O que diz o Paranoá?

Em contato com a reportagem da Esportes Brasília, o primeiro vice-presidente de Futebol do Paranoá, Kleber Moraes, esclareceu alguns pontos sobre o ofício enviado para a análise da FFDF. 

“(Queremos) Ter acesso aos áudios do VAR com o Juiz para que possamos ter clareza sobre os fatos ocorridos quando o juiz marcou o pênalti que não existiu. Queremos tornar públicas as intenções do árbitro em mudar a decisão após ter apontado o escanteio, pois ele estava a menos de quatro metros da jogada e pôde ver que nosso zagueiro vira as costas para a bola e que não houve pênalti.”

Indagado sobre a possibilidade de anulação do resultado final, o dirigente foi direto. “O erro do juiz, ao marcar o pênalti influenciou diretamente no resultado da partida. Nós apresentamos uma notícia de infração à FFDF com base na regra técnica do futebol, elaborada pela IFAB, e alguns artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva , em especial o art. 259, que trata das infrações relativas à arbitragem. Esse artigo traz a possibilidade de anulação de partida, caso se verifique que a decisão do árbitro foi um erro de aplicação da regra técnica do futebol, e teve relevância no placar final da partida.” 

Kleber completou dizendo que o Paranoá quer que a Procuradoria do TJD/DF analise a prova de vídeo que foi apresentada no documento e o conteúdo da notícia de infração, para, segundo ele, “corrigir um erro grave do juiz ao interpretar a regra técnica do futebol no lance em que gerou o pênalti para a equipe do Real Brasília, e com o gol deles nos desclassificou”. 

O vice-presidente do Paranoá ainda afirmou que não tem certeza se houve interferência externa na atuação do VAR e classificou o episódio como uma “lambança” da arbitragem, pois o resultado fez com que a agremiação perdesse a chance de se classificar para a decisão do certame regional e de disputar campeonatos importantes que dariam uma agenda valiosa no ano que vem ao clube.

Até o fechamento desta reportagem, o TJD/DF não havia publicado edital ou informação, no site oficial da FFDF, sobre o ofício encaminhado pelo Paranoá.

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