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Futebol

“Atuação de repórter continua restrita”, garante presidente da ABRACE

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Depois de mais de 20 anos sediada em Fortaleza, a Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Abrace) agora está centralizada em Brasília. O presidente eleito no último congresso da entidade foi Kleiber Beltrão, em substituição a Aderson Maia.

Durante o evento dos “Melhores do Candangão 2017”, Kleiber Beltrão falou a reportagem da Esportes Brasília sobre os desafios que acontecerão com o início do Brasileirão séries A, B, C e D, em relação à imprensa esportiva.

“A Abrace esteve bem representada na reunião da quinta-feira passada (04), onde foram passadas as normas para estas competições em 2017. Não houve muita mudança em relação ao que está sendo praticado. Uma que me chamou a atenção é quantidade de mascotes que cada clube pode entrar em campo. Antigamente, se entrava em campo com um mascote somente. Depois para 11 e depois para atender interesses comerciais as equipes podiam entrar com 22 mascotes. Agora foi liberado para que 44 mascotes entram em campo por cada agremiação. No total dos dois times, serão 88 mascotes. Como é que você vai administrar, dominar este momento com cada jogador podendo levar quatro mascotes? Vai ficar hilária esta situação”, explicou Kleiber Beltrão.

Sobre o posicionamento do cronista esportivo nos gramados, o presidente da ABRACE comentou que a determinação tem uma certa lógica. “Tradicionalmente, uma competição internacional como Copa do Mundo ou Conmebol não permite que esteja ninguém em volta do campo a não ser repórter fotográfico. Não existe esta tradição de presença de repórter esportivo como acontece na imprensa brasileira. A Associação Internacional de Imprensa Esportiva (AIPS) abençoou esta tradição brasileira, pois as melhores reportagens dos grandes e pequenos jogos são acompanhados pelo torcedor através do rádio. Ele quer vivenciar as emoções do pré e pós jogo e só o rádio faz melhor isso. O posicionamento do cronista de rádio na zona mista, no gramado da segunda trave até a bandeira de escanteio não houve alteração, pois quem compra os direitos de transmissão tem mais direitos”, ressalta.

Hoje não se imagina qualquer competição nacional sem compra de direitos. “Fomos verificar como os clubes dependem destas vendas de imagens para televisão, com muitos já antecipando estas receitas. Eu acredito que estes campeonatos serão melhores que o ano passado, pois as coisas começam a se organizar melhor”, disse o presidente da ABRACE.

Quanto a ajuda que entidade dará as 20 associações brasileiras de cronistas desportivos, Kleiber Beltrão explicou que fará visitas in loco para saber os problemas de cada estado e tentar resolvê-los: “Para isto, vamos visitar governadores, prefeitos e presidentes de federações estaduais, fazendo com que as associações estaduais de cronistas sejam prestigiadas e ajudadas pela ABRACE. A carteira de associação estadual vale no Brasil inteiro, pois é Lei federal”, lembra.

Contudo, Kleiber ratifica a importância da associação à Abrace: “A entidade regional será amparada pela entidade federal. Na reunião no Rio de Janeiro, tivemos a participação de quatro entidades regionais. Todas as outras foram representadas pela entidade nacional no seminário na CBF. Desta maneira, estivemos representando, direta ou indiretamente, todos os cronistas brasileiros”, finalizou.

Natural de Pelotas/RS, Sérgio Porto é jornalista com passagem pelas rádios Planalto AM, Clube AM, Nossa FM, Jovem Pan Brasil e DF10, parceira da Esportes Brasília. Também atua como repórter freelancer em diversas emissoras de rádio do país.

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