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De Olho nas Olimpíadas

Bocha e goalball: você conhece?

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Durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, o torcedor terá a oportunidade de assistir a várias modalidades esportivas, muitas delas adaptadas. Duas das vinte e três modalidades paralímpicas que serão disputadas são pouco conhecidas do torcedor brasileiro. A bocha por exemplo é praticada por atletas com alto grau de paralisia cerebral ou tetraplegia que usam a cadeira de rodas.

Durante a competição é permitido usar as mãos, os pés ou instrumento de auxílio, no caso de atletas com maior comprometimento nos membros superiores ou inferiores. As provas poderão ser individuais, em duplas ou em trios. A origem dessa modalidade é incerta, mas estreou nos Jogo Paralímpicos feminino e masculino em 1984. No Brasil, a bocha chegou junto com os italianos.

Entendendo as regras: nas provas individuais as partidas são divididas em quatro ends com os atletas lançando 6 bolas em cada. Igualmente nas duplas, também dividem-se em quatro ends e cada jogador lança 03 bolas por parcial. Já os jogos em trios contam com seis ends e cada jogador lança 2 bolas por parcial. Os jogadores devem lançar as bolas coloridas o mais próximo possível da bola branca e vence a partida quem fizer o maior número de pontos. Na modalidade bocha, o Brasil já conquistou cinco medalhas nos Jogos Paralímpicos, sendo três de ouro e duas de bronze.

A prática da bocha permite um enorme ganho na qualidade de vida e integração social aos portadores de deficiência física com distrofia muscular progressiva, como é o caso do atleta Eliseu dos Santos. A sua dedicação ao esporte já lhe rendeu uma medalha de bronze na categoria individual e ouro no jogo de dupla nas Paraolimpíadas de Pequim.

Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos são os atuais campeões paraolímpicos nas duplas - Foto: CPB/Divulgação

Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos são os atuais campeões paraolímpicos nas duplas – Foto: CPB/Divulgação

Goalball
Já o goalball, não é um esporte adaptado às necessidades dos deficientes, Foi criado em 1946 pelo alemão Sepp Reindle e pelo austríaco Hanz Lorezenpor como um novo esporte direcionado aos veteranos da Segunda Guerra Mundial, que haviam perdido a visão. No entanto, somente trinta anos depois é que foi apresentado como modalidade oficial nos Jogos Olímpicos de Toronto.

No Brasil, o goalball começou a ser praticado em 1985. Estreou nos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008. Em Londres 2012 a equipe masculina ganhou a medalha de prata.

O grande diferencial nesta modalidade, é que o público não pode fazer barulho durante os jogos, pois os jogadores se orientam pelos sons do guizo que se encontra no interior da bola (parecida com a de basquetebol mas sem câmara de ar interna para evitar que quique).

Entendendo as regras: todos os atletas jogam com vendas nos olhos para assegurar a igualdade de condições. O jogo tem dois tempos de 12 minutos cada. Os arremessos da bola devem ser rasteiros. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. Os jogadores exercem ao mesmo tempo as funções de ataque e defesa. A quadra mede 9m de largura por 18m de comprimento e as balizas medem 9m de largura por 1,30 de altura.

Como se joga o goalball?
Os jogadores posicionam-se atrás da linha de defesa, sentados no chão ou de cócoras. Um dos jogadores levanta-se e lança a bola em direção ao campo adversário. Os jogadores defensivos, posicionados atrás da sua linha de defesa, aguardam o lançamento e tentam defende-lo.

O lançamento é alternado, ora lança uma equipe, ora lança a outra, independentemente se é gol ou não. A regra diz que o mesmo jogador não pode fazer o lançamento duas vezes seguidas.

No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes Visuais (CBDV).

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