Bezerrão mais lotado que o Mané e baixa média de público: os números do Candangão 2017

A edição do Campeonato Candango de 2017 terminou com o Brasiliense levantando o seu nono troféu do torneio do DF. O levantamento desta matéria foi feito pelo internauta Pedro Mortoza e cedido à Esportes Brasília.

No jogo do título, vencido pelo Brasiliense frente ao Ceilândia, 6.395 pessoas compareceram ao Mané Garrincha para prestigiar a decisão. Público bastante pequeno para o estádio, capaz de suportar 72.788 torcedores. Mas a pouca audiência não foi exclusividade do último jogo do Candangão.

A média de público do campeonato foi de somente 793 torcedores. Poucos clubes conseguiram um número maior que esse: apenas Gama (2.798), Brasiliense (1.214) e Formosa (920) foram as exceções. Além disso, a taxa média de ocupação por partida também deixou a desejar: os estádios do Candangão lotaram apenas 7%.

Quanto à quantidade total de espectadores do torneio, um fato curioso. Somadas, as 80 partidas do Campeonato Brasiliense tiveram público pagante de 63.422 pessoas. Tal quantia de torcedores seria o suficiente para encher o Mané Garrincha em um único jogo. Entretanto, foi preciso todo o campeonato para que um número tão expressivo fosse atingido.

De qualquer forma, o principal estádio de Brasília foi um dos mais visitados do Candangão. Foram 20 confrontos no Mané, que contabilizaram a presença 18.337 torcedores. Por jogo, a média de público foi de 917 pessoas. Por outro lado, o palco das finais liderou um quesito indigesto: o Mané Garrincha foi o estádio mais custoso do torneio, e a média de despesas por partida ultrapassou os R$ 6.500,00 (a média do campeonato foi de R$ 5.387,00).

O posto de melhor estádio, porém, não foi do Mané. O Bezerrão, onde 15 partidas do Candangão foram realizadas, foi o estádio com maior média de público e o que mais recebeu torcedores no decorrer do campeonato. No total, foram 23.003 pessoas que compareceram ao estádio do Gama, gerando média de 1.534 testemunhas por partida. Por consequência, o estádio Walmir Campelo Bezerra foi o mais rentável, com receita média de R$ 7.850,64 por jogo.

Estádio Bezerrão recebeu mais de 23 mil torcedores no Candangão 2017 – Foto: Philipe Moreira/Agência EB

Dos outros palcos do torneio do DF, destaque para as casas dos “vizinhos” de Brasília. Os estádios Frei Norberto (do Paracatu), Diogo Francisco Gomes, o Diogão (do Formosa) e o Serra do Lago (do Luziânia) apareceram entre os cinco com mais público do Candangão, e suportaram 22,5% da audiência total do campeonato – 5.170 torcedores estiveram no Frei Norberto (média de 646 por jogo); 4.684 no Diogão (média de 669); e 4.475 no Serra do Lago (média de 497).

Para completar o top 5, o Abadião foi outro importante estádio do torneio brasiliense – e o que mais recebeu partidas (21). Um total de 7.753 pessoas se deslocou à casa do Ceilândia, que teve média de 369 torcedores por jogo.

Gama é líder de audiência entre os clubes
Dono de uma das maiores torcidas do Distrito Federal, o Gama, como mandante, foi o time que mais teve público no Candangão. Ao todo, 19.588 pessoas assistiram às partidas do Verdão, com média de 2.798 por jogo. Na sequência, veio o Brasiliense: total de 10.929 torcedores e média de 1.214 para o Jacaré.

A maior rivalidade do DF, aliás, foi responsável pela partida com maior público pagante e com maior receita desta edição do Candangão. Na confronto entre os times na 9ª rodada, o Bezerrão contabilizou 7.247 pagantes e receita de R$ 85.513,00 (número quase 16 vezes maior que a média de receita do campeonato, que foi de R$ 5.583,00). Uma pena que a partida tenha terminado antes do apito final por motivos drásticos.

Finalista, o Ceilândia foi o terceiro clube com maior público pagante do Candangão, com total de 5.520 espectadores. Na sequência, vieram: Paracatu (5.170), Santa Maria (4.714), Formosa (4.600), Luziânia (3.655), Real (2.366), Taguatinga (2.327), Sobradinho (2.254), Paranoá (1.262) e Brasília (1.037).

Como mencionado anteriormente, Gama, Brasiliense e Formosa lideraram a média de público. Depois, apareceram: Santa Maria (786), Paracatu (646), Ceilândia (613), Luziânia (609), Real (394), Taguatinga (388), Sobradinho (322), Paranoá (252) e Brasília (173).

Por fim, outro ponto liderado pelo Gama foi a receita. O maior campeão de Brasília teve ganho de cerca de R$ 199 mil ao fim do torneio. O clube que menos recebeu foi o Paranoá, com aproximadamente R$ 5 mil.