Dia ruim para o Brasil no judô, mas marcante para os Jogos Rio 2016

O dia não foi nada bom para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Tanto o experiente Tiago Camilo – na categoria até 90Kg -, quanto Maria Portela, na categoria até 70kg, não passaram das oitavas de final.

Thiago, bronze em Pequim 2008, começou bem ao vencer o sul-africano Zack Piontek, por ippon (golpe que finaliza a luta quando o adversário cai de costas no chão), levando a torcida ao delírio. Mas no segundo combate, o atleta de 34 anos foi surpreendido por Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão.

Tiago Camilo bem que tentou, mas não passou por Mehdiyev, do Azerbaijão – Foto: Roberto Castro/Brasil2016

Já Maria Portela também começou com vitória ao derrotar Assmaa Niang, do Marrocos, por yuko (quando o atleta derruba o oponente de lado). Na luta seguinte, Maria foi desclassificada pelo árbitro ao receber punição no chamado Golden Score, a prorrogação do judô.

Apesar das derrotas brasileiras, o público presente na Arena Carioca 2, pôde acompanhar momentos marcantes do esporte. Primeiro, Ilias Iliadis, um dos ídolos da modalidade, anunciou a aposentadoria aos 29 anos de idade.

O georgiano naturalizado grego foi campeão olímpico em Atenas 2004, aos 18 anos, na categoria até 81 kg, bronze em Londres, na categoria até 90 kg, além ter de três títulos mundiais e dois vice-campeonatos.

Outro grande momento foi quando Yolande Bukasa e Popole Misenga, que deixaram a República Democrática do Congo e disputaram a Olimpíada pela delegação de atletas refugiados, entraram no tatame. Yolande Bukasa perdeu para a israelense Linda Bolder. Na sequência, Misenga venceu o indiano Avtar Singh e foi ovacionado pela torcida.

Embora tenha sido derrotado na luta seguinte pelo sul-coreano Gwak Dong-han, atual campeão do mundo, Misenga ganhou a admiração da torcida ao lado de sua compatriota.