Paulo Martins
O leitor pensará que estarei desmerecendo a segunda maior liderança da era dos pontos corridos a essa altura, atrás apenas do Corinthians de 2017. Entretanto, vale parar pensar nos pontos de comparação.
A Série A vive uma imprevisibilidade grande. Nem todos pensavam, antes do começo, a dificuldade para o Corinthians ou o Bragantino em boa fase, por exemplo. A vitória do Botafogo contra o Vasco apenas maquia a dor de cabeça pela sucessão no comando técnico. Além do mais, a fase cruz-maltina é tão terrível que sequer seriam capaz de vencer o Magallanes do Chile, como o próprio Glorioso não conseguiu.
Em meio a isso, haverá uma transição complicada, mas com tempo a jogar. Se por um lado pode fazer bem não estar mais na Copa do Brasil, complica ter ido ao play-in da Sul-Americana. Será que o Bota saberá segurar tal pressão?
Indo a uma realidade de pressão constante, a Série D vive um momento decisivo nas diversas chaves. Pasmem, depois de 11 rodadas, ainda existem três invictos, entre eles, o Ceilândia, que torna à ponta do Grupo A5. O mesmo que fez uma campanha decepcionante no Candangão depois de tocar duas finais.
Ainda fora do G-4, o Brasiliense volta a encontrar o nível desejável de futebol. A capacidade do elenco e do poderio econômico do Jacaré é o que pode devolver a equipe às divisões mais altas e tirar da constante crise pela qual vem passando na atual temporada. Confirmar a ida ao mata-mata é o primeiro passo, o segundo é manter (ou efetivar, para ser mais justo) o honesto trabalho de Luis dos Reis como técnico. O terceiro, é fazer as pazes consigo, com a torcida e com o compromisso real de ascender.
Para que se entenda, o nível da Série D está tão baixo neste ano que parece ter chegado a vez do DF, com o potencial e os ajustes dos clubes da capital federal. Ainda que seja difícil crer. Entre a comparação, distante pelas categorias, o acesso candango me parece mais palpável. Vão me desculpar os botafoguenses, ainda mais se eu estiver errado.
