Foto: Matheus Maranhão/Brasília Basquete
O Brasília Basquete conseguiu a primeira vitória no Novo Basquete Brasil (NBB) 2024/2025. Ocorreu nesta quarta-feira (23/10), no Ginásio Nilson Nelson, ao bater o São José por 81 x 76.
O físico foi arma dos paulistas no jogo desde o começo, tentando ganhar na força o terreno e assim abrir espaços para levar vantagem. Na velocidade e na demasia da bola de três, a vantagem foi construída ao longo do primeiro tempo.
Na segunda metade, o terceiro quarto voltou a atrapalhar os planos, com um ataque improdutivo em uma defesa implacável. Cansando de pouco a defesa rival, outra vez o placar foi decidido em detalhes, com um grande período final de Gemadinha, nome da vitória na estreia em casa.
O Celeste volta a quadra no próximo sábado (26/10), quando recebe o Mogi às 11h. Os São-Joseenses voltam a jogar apenas no dia 2 de novembro, ao visitar o Bauru na Panela de Pressão.
1° Quarto: Perímetro vale mais que força
A disposição inicial do time paulista marcava para empurrar a equipe local para longe do garrafão. Do perímetro, porém, a resposta não se fez esperar e a equipe não se fez esperar, com Gemadinha e Von Haydin, evoluindo bem o placar.
A grande diferença foi feita no garrafão de ataque do São José, com o ex-Brasília Matheus Leal se impondo fisicamente contra o pivô Rojas. Dedé Barbosa mudou esta disposição ao observar a disparidade que fez os mandantes estourarem em falta antes dos cinco minutos.
A velocidade também se fez notar nas cestas rápidas de retruco dos visitantes, enquanto o ataque brasiliense demorava a encaixar as finalizações. Mesmo assim, a primeira parcial se finalizou em 25 x 22 para o Celeste.
2° Quarto: Excessos da linha tripla
Um minuto e meio bastou para que Régis Marrelli parasse o jogo, tendo de encarar a boa variedade ofensiva dos locais. Como efeito, travou os ataques que vinham produzindo bem na primeira parcial, ao passo em que mostrava bons encaixes defensivos de ambos lados.
Lentamente, os paulistas conduziram ao empate, obrigando o técnico Dedé Barbosa a parar o jogo no meio-período. Na defesa e no ataque, a contracarga dos candangos foi com Gemadinha, por destroço, o que mais pontos tentou na parcial: 10 de 27.
Por sinal, não fosse o excesso nas tentativas falhas para três, o placar poderia ser maior para Brasília, mas fechou-se em 41 x 39.
3° Quarto: Criatividade inerte
Os ataques tentaram arrancar com destaque dos até então desaparecidos Nesbitt e Matheus Buiú. Os encaixes defensivos arrastaram o placar, tática mais conveniente para os visitantes, que voltaram a liderar lentamente no meio do quarto.
Brasília tentava cada vez mais por bolas triplas de muita distância, todas sem sucesso. Ainda mais ineficiente nos rebotes, Dedé Barbosa para o jogo com seis pontos de desvantagem, restando três minutos de relógio. Mantida a lógica do jogo, o quarto fechou-se em 59 x 54 para o São José.
4° Quarto: Amarrado também vale
Conduzido por Gemadinha, com seis pontos em um minuto e meio jogado, a exploração foi justamente no físico, forçando quatro faltas no mesmo tempo. O camisa 35, por sinal, foi o cestinha com 28 pontos. Menção ao duplo-duplo de Daniel Von Haydin: 16 pontos e 11 rebotes.
Entretanto, a lentidão com a bola em quadra, dos dois lados, seguiu a arrastar o marcador. Em uma partida de detalhes, uma falta antidesportiva do ala Vieta levou à redução da distância para uma unidade, recondicionando o Brasília no jogo, ainda estourando o limite visitante.
Com a arbitragem confusa no clímax do jogo, marcações contestáveis foram reclamadas de ambos lados. Os lances livres decidiram a partida, mais do que o jogo propriamente corrido: funcionou para o Brasília vitorioso em um duelo de detalhes.
