Recurso é aceito e punição a atletas de confusão no clássico aumenta

Ainda não acabou o clássico entre Brasiliense e Gama. O “terceiro tempo” da confusão envolvendo jogadores dos dois times, que aconteceu no TJD/DF no último mês de março, definiu que o atacante Nunes fosse suspenso por seis jogos, os demais atletas envolvidos fossem afastados por três jogos dos gramados e o auxiliar técnico do Brasiliense, o ex-goleiro Guto, fosse proibido de atuar em dois jogos.

No entanto, a Procuradoria do TJD/DF recorreu da decisão do Tribunal e, nesta terça-feira (11), aconteceu a análise do recurso. Depois dos votos do relator, bem como dos outros auditores e do presidente do Tribunal, o recurso foi aceito e a pena dos jogadores foi alterada.

Julgamento aconteceu no TJD/DF e recurso da Procuradoria aumentou a pena dos atletas para quatro jogos, e no caso de Raone, para cinco jogos – Foto: Rener Lopes/Agência EB01

Todos os jogadores tiveram a pena ampliada para quatro jogos de suspensão, com base no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, exceto o atacante Raone que, por ser reincidente, será suspenso por cinco jogos. O auxiliar-técnico Guto também ficará afastado por quatro jogos.

“A gente acompanha (o julgamento) e fica até sem graça. Os caras não vão aos estádios, julgam um negócio que não tem nada a ver. Nossos jogadores e do Gama já tinham cumprido a suspensão e agora vamos ter que mexer em tudo. Acho que não foi legal. Para o futebol não foi legal o que eles fizeram hoje”, opinou o presidente do Brasiliense, Paulo Henrique Lorenzo.

Perdas de mando de campo mantidas
O Brasiliense permaneceu absolvido quanto ao pagamento da multa de R$ 11 mil. Já o Gama teve a multa reduzida para R$ 15 mil. Contudo, o alviverde candango continuará com a pena de não atuar por cinco partidas no Bezerrão.

“Tivemos uma exaustiva sessão na Comissão Disciplinar, com produção de provas, e agora vem uma reforma, com uma decisão que não é tão justa. A pena é muito alta para o futebol do DF, vai interferir no que a FIFA recomenda e, infelizmente, interferiu. O Gama foi penalizado, mas vamos recorrer e aguardar o que vai acontecer nas próximas 48 horas, pois a questão é urgente e o nosso tempo está correndo”, analisou Wendell Lopes, advogado do Gama.