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Basquete

Cipolini rouba a cena e Franca aplica a sexta derrota no Universo Brasília

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Universo/Brasília

Em mais uma noite decepcionante diante de seu torcedor, o Universo/Brasília foi derrotado pelo Franca-SP por 76 x 101 e segue sem vencer no NBB. Nem mesmo a noite inspirada do capitão Nezinho conseguiu evitar a sexta derrota seguida em seis jogos na competição. Com o baixo aproveitamento nos arremessos, a equipe viu a equipe paulista se impor no jogo e fechar o placar com uma larga vantagem.

Do lado do Universo, o melhor jogador foi Nezinho. Sozinho, ele anotou 30 pontos e foi o cestinha da partida. Foi dele também que saíram oito bolas para arremessos certeiros. O grande destaque ainda teve seu nome gritado ao final da partida. O líder em rebotes da equipe mandante foi Zach Graham, com seis.

Do lado do Franca, Cipolini comandou o time. Foram 21 pontos, além de dez rebotes. O líder em assistências dos visitantes foi David Jackson e Alexey, com 4.

O melhor jogador em quadra, Nezinho fez questão de reforçar a confiança na equipe. “Apesar da derrota hoje ter sido larga, acredito que nós estamos em uma crescente, nossa equipe está em evolução. A equipe que foi montada é para ficar no alto da tabela e nós não podemos ter essas seis derrotas seguidas, então nós vamos aproveitar esses dez dias aí para finalizar os últimos ajustes para ter vitória nos próximos jogos”, pontuou o craque. Por fim, ele exaltou o jogo coletivo e a vontade de vencer as partidas. “É claro que eu saio feliz por estar pegando o ritmo novamente, é o meu sexto jogo oficial, a gente vai pegando mais confiança, mas eu prefiro que a nossa equipe vença e todos saiam felizes e vencendo as partidas”, completou o cestinha da partida.

André Germano, comandante dos donos da casa, lamentou a sexta derrota seguida na competição. “Hoje foi o nosso pior jogo em aproveitamento, foi muito baixo, mesmo com as derrotas anteriores nós vinhamos tendo uma evolução, melhorando a parte tática, parte física, que vem ainda em processo e a intensidade que o Franca coloca no jogo. Nós sentimos um pouco na parte física. A gente ainda tem que melhorar muito na parte tática, ainda tem muito para melhorar”, disse.

Ao final do jogo, o técnico Helinho, destacou a vitória fora de casa contra o Universo. “Sem dúvida é uma vitória importantíssima, diante de uma equipe que, apesar de não ter ganho ainda,pode chegar forte nos playoffs, podendo vencer qualquer equipe”, falou. Para ele, o ponto alto de sua equipe foi a defesa. “Nós estávamos muito centrados e conseguimos segurar uma equipe que pontua muito”, completou.

No início do primeiro quarto, a torcida vibrou com o início da partida, confiante com a vitória.

Com o anúncio da equipe titular, a torcida da casa fazia festa para cada torcedor, enquanto alguns torcedores do SESI-Franca vaiavam a cada nome que era anunciado.

Primeiro tempo

O Brasília começou com tudo. Com a posse desde o começo do jogo, a equipe da casa não demorou a abrir o placar com Graterol. Logo depois, Nezinho, em cobrança de lance livre e novamente o ala-pivô, aumentaram a vantagem para 5×0. Porém, o Franca igualou o jogo e passou a frente no placar. Faltando pouco mais de seis minutos para o fim, a equipe paulista empatou o jogo em 7, após o ala Jimmy converter dois lances livres. Helinho, acertando uma cesta de três, impediu que os adversários passassem à frente no placar, feito que seria alcançado algum tempo depois: Cipolini e Jackson, com arremessos precisos, marcaram três pontos cada e colocaram a vantagem para sua equipe. Essa, permaneceu até o fim do primeiro quarto, que terminou com uma incrível diferença de 16 pontos, 30×14. Pelo lado dos donos da casa, Nezinho foi o destaque, levantando a torcida quando acertou uma belíssima cesta de três pontos no último segundo.

O segundo período começou favorável à equipe brasiliense. Com menos de três minutos no relógio, a equipe abriu 8×2, diminuindo o prejuízo e obrigando o Hélio Rubens à pedir um tempo técnico. Após ouvir as instruções de seu técnico, o Franca melhorou e passou a se aproximar, cada vez mais, do Universo. Assim como no primeiro quarto, André Germano se viu obrigado a parar o jogo e tentar recolocar sua equipe no eixo. Regular na partida, os paulistas mantiveram o ímpeto, viraram a segunda parte do jogo, fecharam em 19×18 e aumentaram a vantagem. Final do primeiro tempo: 49×32.

Destaque Universo/Brasília:

Nezinho: 13 pontos, 2 rebotes e 4 assistências.

Destaque SESI/Franca:

David Jackson: 10 pontos, 5 rebotes e 4 assistências.

Segundo tempo

Se a primeira etapa não foi nada animadora para o lado dos brasilienses, o início da parte final do jogo continuou da mesma maneira: O Franca dominando as ações do jogo, aumentando a vantagem e o Brasília errando muitos arremessos. Dominando as ações, os paulistas continuaram punindo os erros de seus adversários e confirmando ainda mais a vitória, mesmo restando os dez minutos finais. Mesmo com uma vantagem no placar, os brasilienses não jogaram a toalha e correu atrás do prejuízo – que a essa altura já era de 13 pontos no quarto. Para coroar a redenção, Nezinho anotou dois pontos em uma linda enterrada, levantando a torcida presente no ginásio. Porém, a distância se manteve, dessa vez em 7 pontos. 25×18 no terceiro período e 74×50 na partida. Destaque para Cipolini, do Franca, que ultrapassou seu companheiro de equipe David Jackson, tanto nos pontos, quanto nos rebotes.

O quarto final do jogo soava mais para tentar diminuir o placar, do que para uma virada daquelas de cinema, uma vez que a diferença era maior do que os pontos que o Universo marcou nos quartos. E até começou bem, com Nezinho somando mais três pontos, os primeiros da última parte. Querendo colocar fogo na partida, foi ele que colocou os brasilienses na frente após virada do time visitante. Até o final da partida, as duas equipes se revezavam na liderança do período. No final, melhor para os visitantes, que fecharam em 23×27 e ultrapassaram a barreira dos 100 pontos. Final de partida: 73×101.

Diferente do início da partida, onde apoiou o time na entrada em quadra, ao soar do apito final, os torcedores comecaram a gritar palavras de ordem, como “vergonha” e “raça”, protestando contra os maus resultados da equipe na competição.

Agora, o Universo joga o próximo jogo em casa, antes da maratona de partidaa fora da capital. No dia 14 de novembro, os brasilienses recebem o Botafogo-RJ que, em cinco jogos, tem três vitórias e duas derrotas.

Gabriel Lima é jornalista e editor executivo da Esportes Brasília. Já cobriu uma Copa do Mundo da FIFA (2019).

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