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Vice-campeão mundial, Parré melhora tempo de Kobe no Meeting Paralímpico
Escrito 10 meses atrás em

Foto: Abelardo Mendes jr/CPB
O Meeting Paralímpico foi palco para o atleta Ariosvaldo da Silva, conhecido como Parré, 46, melhorar a marca alcançada no Mundial de Kobe, no Japão, em maio, nos 100m da classe T53 (cadeirantes), oportunidade em que garantiu a medalha de prata. Neste sábado, 15, correndo em casa, o paraibano radicado no DF desde a infância, reduziu o tempo de 15s05, registrado no Japão, para 15s01 na pista do Centro Integrado de Educação Física (CIEF).
O Distrito Federal teve tanto provas para o alto rendimento como também disputas para atletas em desenvolvimento, com Seletivas Estaduais das Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (competição entre alunos do projeto Centros de Referência do CPB, com idade de 7 a 10 anos). O Centro Integrado de Educação Física (Cief) recebeu 199 competidores do atletismo, 33 do halterofilismo e 24 da bocha. Além disso, o Clube do Exército teve provas com 66 nadadores e a Federação de Tiro com Arco do Distrito Federal sediou disputas com 22 arqueiros.
“A gente já chegou em uma fase de treinamento que agora é cuidar para não perder essa pegada, para não perder o foco e manter essa velocidade. É preciso continuar com esse tempo para chegar em uma final nos Jogos Paralímpicos de Paris e brigar por um pódio”, disse Parré, representante da ADD/SP e que já fez 14s64 nessa mesma prova, em abril deste ano, em São Paulo. Aos 18 meses de idade, Ariosvaldo teve poliomielite e ficou com os membros inferiores paralisados.
“O resultado foi muito bom, o que mostra que estamos na direção correta. Esses eventos servem para verificar se estamos no caminho certo, e estamos”, ressaltou o atleta, que também venceu a prova dos 400m (53s11) em Brasília.
Ainda no CIEF, a nova geração compareceu abrindo espaço para futuros talentos. Acompanhado da família, Rafael de Souza Cunha, 10, participou da sua primeira competição. Empolgado com a torcida, ele, que começou a praticar atletismo no ano passado, conseguiu bons resultados nas classes T e F20 (deficiência intelectual), com as marcas de 25s78 nos 100m, 32s06 nos 200m e 1,45m no arremesso de peso. Incentivado pelos pais a iniciar no atletismo por gostar muito de correr no dia a dia, o menino voltou para casa com três medalhas de ouro.
No halterofilismo, quem conseguiu superar o seu próprio desafio foi Mateus Moreira na classe até 49 kg. Mateus nasceu com mielomeningocele, uma má-formação na medula espinhal, e treina há oito anos para superar a barreira dos 100 kg. “Hoje, tive uma vitória pessoal com os 101 kg na barra”, ressaltou o jovem de 23 anos, que conseguiu a classificação para o Brasileiro da modalidade no fim do ano no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
Além de halterofilista, Mateus é também um influenciador digital e usa as suas plataformas para inspirar outras pessoas com deficiência. “Eu quero mostrar para pessoas que nós podemos fazer o que quisermos”, afirmou.
Na natação, Élcio Junior, nascido em 2003, foi o destaque na piscina do Clube do Exército com três medalhas de ouro na classe S11 (deficiência visual). A sua melhor prova foi nos 50m livre, com o tempo de 30s49. Élcio também venceu nos 100m livre (1min12s16) e nos 100m peito (1min39s81).

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