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Futebol

Tutora batiza gata com nome “Ceilândia Esporte Clube”

“Gata Preta” é batizada com nome do clube por fanática de futebol do Rio de Janeiro

Escrito em

Fotos: Acervo pessoal

A paixão ao futebol leva, em diversos casos e sobretudo em um país apaixonado como o Brasil, às histórias e causos mais insólitos a se pensar sobre o desporto. Por ende, fábulas das mais diversas enriquecem a cultura que, por mais de um século, é o oxigênio do país com mais Copas do Mundo. Uma delas, envolve o futebol do Distrito Federal, a 1.164 km do estádio Abadião, na Ceilândia.

E por que, especificamente, está citada a casa do Gato Preto? Por uma gata. Preta. Ceilândia Esporte Clube. Mas não o clube esportivo e sim uma gata de três anos de idade, moradora de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Seu batismo se deu pela paixão de sua tutora, a coordenadora de turno em restaurante Carolina Rodrigues Nunes Fraga, 21 anos, com o futebol.

À Esportes Brasília, a flamenguista conta em entrevista de onde veio a ideia de batizar o pet com o nome (e, pasmem, sobrenome registrados) do tricampeão do futebol de Brasília, sobrevivente candango no Brasileirão Série D 2025.

Carolina, algum fator de parentesco influenciou sua escolha no nome da Ceilândia?

Eu nunca estive em Brasília e não possuo parentes no local, nasci e sempre morei no Rio de Janeiro. Sou Flamengo desde o berço. Apesar disso, nunca soube ser clubista, o futebol fora do eixo sempre teve a minha atenção, tanto as séries inferiores do carioca como as do Brasileirão e os demais campeonatos estaduais.

Por onde passa o batismo da Ceilândia?

No início de 2022 eu passei um período internada, e a minha maior dificuldade era ficar sem acesso a internet, sem notícias de esporte, e ainda mais ficar sem assistir os jogos, tanto do Flamengo como as outras ligas que eu acompanhava. Lembro que precisei chantagear muito um enfermeiro pra conseguir assistir a final do Mundial entre Palmeiras e Chelsea. Recuperar o contato com o futebol foi um dos principais motivos que me motivaram a seguir com o tratamento e então receber alta, quando voltei pra casa meus pais decidiram finalmente atender meu pedido de anos, que era ter um bichinho de estimação, por entenderem que eu precisaria de mais companhia e apoio emocional. Daí surgiu a Ceilândia!

Qual foi a real inspiração na escolha do nome?

Quando a adotamos ela era bem pequenininha, parecia um caroço de manga cheio de fiapinhos pretos, um ou outros brancos. Na época eu respirava futebol. Livre de exageros, eu poderia dizer que o meu amor pelo futebol salvou a minha vida, então nada mais justo do que o nome da minha gata envolver o tema. Pra ser sincera, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi Juventus Football Club. Eu estava alienada da Champions e ainda mais no Paulo Dybala.

De fato uma escolha popular. O que mudou essa decisão?

Quando fui ao veterinário com ela pela primeira vez descobri que era uma fêmea, até então eu jurava que era um macho. Então quis mudar para um nome que soasse mais feminino, com mais letras “A”, faz sentido? Na hora eu associei ao Ceilândia Esporte Clube, tanto pelo mascote ser um gato preto (aqui eu falhei, a Ceilândia é malhada, mas quando filhote ela era bem pretinha, me enganou) quanto pelo último jogo que eu assisti ter sido um do Candangão, em 2022, quando o Ceilândia foi vice pro Brasiliense. Ela já começou com o pé esquerdo.

Isso fez com que criasse um carinho ou apreço pelo Ceilândia – clube?

A escolha do nome dela não envolve nada demais relacionado ao clube em si, mas sim o meu gosto por futebol. Atualmente eu estou por fora de tudo, por conta da falta de tempo só venho acompanhando o Flamengo e o time da minha cidade, o São Gonçalo Esporte Clube. Com certeza vou voltar a acompanhar o Gato Preto!

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.