Qual será o futuro do Paranoá Esporte Clube?

O Paracatu pode estar de volta ao Candangão. Como você leu aqui na Esportes Brasília, a águia do noroeste deixou o interior mineiro e foi para Unaí/MG, no entorno de Brasília. O verdão mineiro voltará a disputar um campeonato de Brasília depois de cinco anos.

No entanto, uma reviravolta pode acontecer nos próximos dias. Segundo o DF Sports, o Paracatu pode voltar a ter uma equipe na primeira divisão local por conta de uma possível venda da vaga do Paranoá, time que ascendeu à Série A de 2020 após conquistar o título da Segundinha 2019.

Para tentar entender a situação, a reportagem da EB ouviu os dois lados da moeda. De um lado, o secretário de esportes de Paracatu/MG, Walter José de Souza, falou sobre o aporte financeiro que a prefeitura da cidade mineira dará à “nova” equipe.

“Nós conversamos e estamos conversando, tanto nós, como alguns membros da diretoria do Paracatu. Ainda faltam alguns detalhes a serem resolvidos, mas isso aí, cabe à diretoria do Paracatu se pronunciar. O nosso apoio está tendo, mas é preciso que esse orçamento esteje aprovado. 90% certo que sim, que aconteceu o entendimento entre as partes, mas isso ai, quem vai pronunciar oficialmente, é a diretoria do time”, disse Walter, por telefone.

Do outro lado, o presidente do Paranoá Esporte Clube, Ryvo Matias, garante que o martelo ainda não foi batido e que não há nada confirmado.

“Eu fiz um convite para a população do Paranoá investir no clube. Então, estou aguardando o apoio deles. Claro, fizemos várias conversas, mas preciso da decisão da comunidade do Paranoá. Somente depois, eu vou avaliar a situação. Estamos conversando, mas não há nada de concreto”, disse para a reportagem da EB.

Prós e contras

Nas redes sociais, o assunto tomou conta de várias conversas. Um dos personagens do título do Paranoá da Segundinha 2019, o goleiro Matheus Lorenzo comentou a situação.

“Que fique claro essa decisão não partiu do Ryvo [presidente do Paranoá]. Partiu de nós jogadores, e nós apoiamos 100%. Parabéns, presidente. Estamos contigo!! Na hora de subir, não tinha ninguém pra apoiar. Agora que subiu, apareceu um monte. Incrível essa mágica”, ressaltou Matheus.

Já Francisco Alves, o “Chiquinho”, sócio-fundador do clube, manifestou preocupação sobre a possível venda do Paranoá por meio de uma nota de esclarecimento.

“Não posso concordar com este ato e, sinceramente, não desejo acreditar que isto ocorra. Tomamos conhecimento que, no dia 19 de novembro, haverá assembleia geral onde serão escolhidos membros da nova diretoria. Desejamos continuar contribuindo com o nosso time (…). Com a conquista do acesso à primeira divisão do futebol candango, provamos que é possível sonhar com uma vaga a âmbito nacional, bastando a manutenção da união e o espírito esportivo”, diz o texto.

Pelo sim, pelo não, ainda não é hora de comemorar. A aprovação – ou não – da fusão dos clubes depende da aprovação do conselho arbitral do Candangão 2020, que está marcado para o mês de novembro.