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Futebol

Injustiçado ou protegido? Vaiado pela torcida, veja números de Dieguinho pelo Gama

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Foto: Lucas Bolzan/S. E. Gama

Tido como reforço de peso para uma temporada promissora, o meia-atacante Dieguinho tem convertido aplausos em vaias nos últimos jogos do alviverde. Vaiado durante boa parte do segundo tempo no empate contra o Ceilândia, no último sábado (2), no Bezerrão, o jogador teve apoio prontamente mostrado pelo técnico Cícero Júnior, em resposta irônica à própria arquibancada.

Com sua substituição aplaudida, o camisa 10 gamense se encontra em um momento de baixa com os torcedores. Esta ocorre em momento decisivo, antes da última rodada. A EB fez um levantamento sobre os feitos do atleta até o presente momento no Candangão: ao todo foram 651 minutos, três cartões amarelos e um gol.

Este gol foi registrado justamente na estreia, contra o Planaltina, em uma pancada de fora da área, selando a vitória do Periquito, por 2 x 0. Foi o primeiro jogo com 100 minutos (somados os acréscimos), entre os titulares não sacados. A centena se duplicou na única derrota do clube até agora, contra o Capital, no Estádio JK, pela mínima. Na ocasião, o meia foi amarelado por reclamação ao árbitro.

A terceira rodada foi a de maior tempo em campo. Foram 102 minutos na dura virada em casa sobre o Samambaia, por 2 x 1. Em seguida, uma entrada temerária descrita pela súmula na vitória mínima sobre o Ceilandense deixava Dieguinho pendurado às vésperas do clássico contra o Brasiliense.

No duelo contra o Jacaré veio o terceiro cartão, por uma falta fora de bola. Também foi a primeira vez sem que ele jogasse 100 minutos, atuando em 99. Paga a suspensão nos 5 x 0 contra o Santa Maria, o camisa 10 retornaria com uma concorrência conhecida do torcedor: Esquerdinha, campeão candango no Gama e que usou emprestado a casaca na goleada contra os grenás.

A situação complicada começou em uma atuação difícil contra um rival parelho. Mesmo em casa, os primeiros olhares tortos se fizeram perceber. Sem grande atuação, jogou 73 minutos, sendo substituído pelo próprio Esquerdinha aos 24 minutos do segundo tempo. Como detalhe, dois minutos depois da troca Gui Mendes fechou o placar em 2 x 0.

O jogo mais importante do ano chegou justamente em um duelo direto contra o Ceilândia, que poderia levar o Periquito à semifinal depois de um ano de ausência. Com o Gato Preto melhor no primeiro tempo, a pressão subia a cada instante, mas esta foi relaxada pelo gol de Gui Mendes, aos 41 minutos da primeira etapa.

Tudo voltaria com o empate súbito de Romarinho logo de começado o segundo tempo. A partir de então, os passes errados e contra-ataques terminados nos pés do meio-campista, fizeram surgir vaias nas diferentes alas do Bezerrão. Cícero Júnior aplaudiu ironicamente os torcedores gamenses, em apoio a seu jogador, mas viu comemoração ao sacá-lo por Bruninho, aos 29 do segundo tempo, depois de 79 minutos jogados. Para um camisa 10, um momento tenso, mas com contexto propício a reviravolta.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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