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Nó Tático

Noves fora, Capital!

Movimento insinuado pela Coluna foi tomado a cabo pelo Coruja, agora em futuro incerto

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O leitor, espectador e ouvinte da Esportes Brasília mais frequente bem sabe, sem me levar a mais crédito que mereço, da assertividade de etapas seguintes no que tange o futebol local. Talvez por algo ainda compense compor esta infravalorada coluna, bem como seu autor. Por algo se lê.

Naquela oportunidade, relatei, em algo que o próprio Capital mostrava fazer ao longo da temporada, que se tivesse que ser feita a “poda” do que não fizesse falta. Em 21 de julho, escrevi: “Para quem viu essa instituição crescer desde a campanha do Candangão de 2024, o fato, concreto e expresso, é assombroso. ‘Depois da Inês morta’, como se diz, é hora de juntar os cacos. É hora de um exame de consciência. Noves fora, que se tirem noves se fizerem falta. Ou qualquer outro número. O número que importava, de restar a menos que nove, entre os quatro que sobem, não rolou”.

Batata. Se bem não surpreenderam algumas quebras contratuais com atletas, a queda do diretor Gustavo Cartaxo revela toda uma virada de página no Coruja. A questão é ver se para melhor ou pior. Cartaxo foi, sim, culpado de permitir, em seu projeto, a admissão de “pesos mortos” como o ex-técnico Roberto Fernandes e seus (ex-)jogadores.

Problemas, institucionais ou financeiros à parte, dentro do ponto de vista político, o alvo no Tricolor torna-se um só: o presidente Godofredo Gonçalves. Uma vez que passou por ele tal “comum acordo”, agora se verá do que é feito o mandatário do quadro do Paranoá. A subida de sarrafo, qualquer que seja o futuro do Capital Clube de Futebol, recairá total e exclusivamente sobre ele.

Reitero, como no último capítulo da coluna, que ainda não é hora de ter o Tricolor como mal intencionado em relação ao acesso. Entretanto, passado tremendo fracasso (e, registre-se, como parece fazer uma interessante gestão de crise), não consigo ver o Capital com as mesmas fichas do Gama para o ano que vem, na Série D.

Também pontuo, para finalizar, uma “não-sandice” do meu amigo Gabriel Spies: basta de ter o Candangão como referência. Está mais que provado, por A+B, que não é vara de medida para subir pra C. Os times de Brasília jogam um campeonato sub-profissional com muita escassez de nomes bons o bastante para a exigência. É preciso reforma ao fim do distrital. Enquanto isso não se levar com urgência, não teremos um acesso nem aqui e nem em lugar algum.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.