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Nó Tático

Mané, Série D e o que realmente importa

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“O que realmente importa para você?” “O que te importa?” Ler essas duas perguntas têm uma denotação naturalmente distinta pela dinâmica da língua portuguesa. E observando bem cada indagação, é possível comparar com como gente endinheirada maneja as coisas aqui no futebol do Distrito Federal.

Vale mais receber times de fora do que ter os nossos. Que por sinal já tivemos. Se voltam, é outra coisa. No “”gramado”” do Estádio Nacional, na prévia dos duelos dos últimos sete dias, vimos gente envolvida na festa de jogos do Brasileirão SÉRIE A na cidade. Gente com cabeça distante no que tem de mais valoroso aqui. No campo e em quadra, para dar indicações a quem ali esteve fazendo pelo esporte, mas não o de Brasília.

Certo colega de imprensa disse ontem para mim: “Noventa mil pessoas em dois dias. O que seria do esporte de Brasília se não fosse [alias LE]?”. Eu bem poderia responder que seria honesto e talvez mais limpo. Provavelmente mais autônomo com um problema a menos para deixar de ser a desgraça que hoje é. Que mais se pode fazer? É a diferença entre o “que realmente importa” e o “que te importa”.

Enquanto isso, mais uma tentativa lá na D está maquiada pela segunda melhor campanha geral em um campeonato ridículo, onde ainda assim será quase impossível o acesso. Ficaremos a vida toda desejando que os Brasiliense, Gama, Ceilândia e Capital da vida fossem os responsáveis dos melhores jogos e dos grandes públicos no terceiro maior estádio da América do Sul. Somos a capital de porcaria nenhuma.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.