Nó Tático
Gama guardou o show para garantir o que se espera dele?
No aniversário de 50 anos, o sigilo e a plasticidade de divulgação se mostram como chave para força no Candangão
Escrito 1 mês atrás em
Por Paulo Martins
Anualmente, tido como ciclo natural da pré-temporada do Candangão, o Gama usa seu aniversário (15 de novembro) como referência para apresentar a equipe para o Distrital. Este ano, onde prometeu-se um ano especial, com antecipada divulgação apenas para o técnico Glauber Ramos, que reitero ser uma decisão acertada, houve demora para que se anunciassem os nomes que vestiriam a camisa do time mais popular de Brasília, entre os locais, em 2025.
Até a segunda-feira (02/12), data onde apresento o programa Segundou, no Youtube da Esportes Brasília, às 20h, apenas Marcelo Toscano havia sido oficialmente anunciado. Eu sei que eu, para vários aspectos, sou um sujeito para lá de chato. Sou mesmo. Mas é preciso respeito com a propriedade do futebol de Brasília, e isto serve para todos os dez clubes: DIVULGUEM SEUS ATLETAS.
Não é pedido para apuração, porque para isso temos vários profissionais com informação procedente e precisa: aproveito a ocasião para saudar o amigo Rômulo Maia, referência neste tópico. É para a torcida, sobretudo no caso gamense, que é um impulsionador na tentativa de retomada da boa fase da instituição.
Eis que, na última semana de novembro, o Gama anuncia em seu canal interno de comunicados à imprensa, seu novo assessor. A partir do final da edição passada do Segundou, uma repentina ação de divulgação, com artes bem-feitas e completas (coisa que o Capital, por exemplo, fazia desde o ano passado) começou a sair.
O que mais me surpreende a esta altura é o sigilo nas informações, ainda mais se tratando do Gama. Pouco tem vazado sobre o que será o alviverde no ano que vem. É cartada e mérito da competente diretoria. Mesmo as renovações foram complicadas de acertar, destacando-se as voltas do zagueiro Pedro Romano (um dos melhores do Candangão 2024, em crédito do Rômulo Maia) e do atacante Nunes (ídolo, goleador da edição anterior e figura do último clássico, um furo do grande Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense, a quem também envio saudações).
Entre certezas e incertezas, vem aí um Gama seminovo. E isto é bom. A principal mudança, que precisava ser feita, foi executada, na casamata, onde há alguém que reconheça o tamanho do Gama e não brinque com o mesmo e com o que o clube significa. O Gama esteve em plenas condições de ser campeão em 2024 e, com cartas ideais e outras novas, vai buscar fazer o papel de protagonista no seu aniversário de número 50. Número redondo: o futebol, veremos, mas dá boa pinta.
Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.