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Nó Tático

Futebol de marca é exemplo para o DF

Escrito em

Paulo Martins

Quem diria, nobre leitor-torcedor, que uma latinha de energético mudaria o Brasileirão? Em instantes, tirou, devolveu e voltou a sacar o Botafogo da liderança passada a rodada 34, mudando a sorte alvinegra. O Bragantino, em Red Bull, tem o que ensinar ao futebol.

Sem nomes para lá de estrelados, com um técnico fora do radar brasileiro apesar dos bons trabalhos anteriores, o Massa Bruta é um tapa na cara da forma antiga de gerir. Há quem diga que é somente o aporte, mas não é bem por aí.

O abraçar de uma cidade e um plano sólido sem a ambição de nomes e gastos foi a fórmula que deu ao time paulista o bom desempenho atual. E não nos esqueçamos que foi finalista da Sul-Americana de 2021, caindo para o Athletico.

Esses aspectos citados são precários em uma cidade como Brasília, por exemplo. E vale para todos. Se até um time de Bragança Paulista (com todo o respeito que se merece) consegue desempenhar isso, por que a capital federal não?

Há demasiado exemplo no esporte em geral. Quantos times do vôlei e do basquete não possuem alianças com órgãos e marcas para o sucesso? Caiu no esquecimento geral que a maior glória esportiva da cidade foi com apoio da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), que montaram o histórico Time de Lobos, multicampeão nacional e continental?

Entretanto, o sucesso do Bragantino, no gramado, de forma simples, faz mostrar, com justiça, que é possível fazer muito com não tanto. Não se encontra em um lugar populoso, de grande estádio e sequer orçamento comparável aos tradicionais gigantes. Será que você aprende, DF?

A primeira mostra será no Candangão 2024. Estamos naquela fase de falatório sobre planos, projetos e jogadores, como sempre. Tomara que, diferente do usual, as coisas não apertem no calendário nacional, como tem sido aqui.

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