Nó Tático
É preciso normalizar o fim
Ciclos como o de Abel Ferreira precisam encontrar fim a fim de não ferir quem está na relação
Escrito 2 meses atrás em
Por Paulo Martins

Esta coluna costuma falar e tratar do futebol e suas entrelinhas. Entretanto, o contexto hoje será estritamente emocional. Penso que o título e a sinopse falam diretamente sobre o que é, na forma pura da reflexão, que é o objetivo, interesse ou não a quem quer saber só da bola rolando.
Uma música que me serve de norte neste texto é “Adiós”, do grande argentino Gustavo Cerati (que Deus o tenha). A própria letra aponta os sentidos da música como um refúgio em meio a uma crise: “você põe música triste para se sentir melhor; sua essência é mais visível; da mesma dor; terão um novo amanhecer”. Aqui, quem nunca teve um problema em amizade ou relação amorosa? Familiar?
Mais que isso, entender quebras, finais, é preciso para a evolução de qualquer pessoa. Sobretudo para que uma das partes não sinta uma dor irreversível depois de forçar excessivamente uma relação. Abel Ferreira com o Palmeiras se molda assim. Tem que se entender, mesmo com a beleza de uma relação, de um amor, as coisas têm seus limites.
Cerati disse: “Não conheciam a profundidade; até que um dia, não deu para mais; ficava esperando ecos que não voltarão”. O palmeirense não esquecerá Abel Ferreira. Eu, por exemplo, não vi Evair, não vi Ademir da Guia, mas mesmo conhecendo a história, tenho o português como o maior ídolo da história alviverde. O que não significa a necessidade do fim de uma relação.
Poucas coisas são tão pessoais dentro do ponto de vista do meu eu público como esta coluna. E até eu mesmo me sinto fazendo hora extra na Esportes Brasília. Entretanto, compartilhando um sentimento, tive um término de namoro recente onde tudo foi tentado, mas “não deu para mais”. Que a pessoa foi marcante e única, não resta dúvida. Que dói, dói. Machuca ainda, como todo e qualquer rompimento. Mas que o ser humano entenda esta necessidade.
“Não é soberba, é amor: poder dizer adeus é crescer” – Gustavo Cerati
Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.


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