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Nó Tático

DF na Série D: se juntar os dois, não dá um

Elencos abaixo da demanda fazem técnicos sofrerem e DF ter baixa expectativa de vida na competição

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Tenho a infelicidade de costumar ter razão quando se trata do futebol do Distrito Federal. Queria que me queimassem a língua, mas não por afronta à minha opinião. Quem faz algo pelo futebol de Brasília pode até se fazer de dissimulado, mas sabe o que se encontra em jogo quando se trata de um amplo calendário, que por sinal, não temos.

Nem Ceilândia nem Capital evoluíram seu futebol após a pausa feita pela CBF devido ao feriado de Corpus Christi. Sinal de pleno alerta frente às quatro rodadas que antecedem o fim da primeira fase: ao Gato Preto, pelo pouco de vida que pode ter no mata-mata jogando desta maneira, e ao Coruja por sequer estar, de momento, em posição de jogar os 16-avos de final.

Sinceramente, eu não esperava uma vitória dos times candangos nessa rodada do último fim de semana. O Ceilândia conseguiu aos trancos e barrancos, além de ter um batedor exímio de pênaltis como Tarta, que não ajudou tanto com bola rolando. Sequer usou uma característica sua, como o chute de fora da área.

Enquanto isso, no Mato Grosso, a omissão ao trabalho de Felipe Surian seguiu, com uma esperada queda para o Luverdense, no Passo das Emas. Tanto ele como Adelson de Almeida literalmente trabalham com o que têm. Infelizmente, minha impressão na inversão dos rivais para a rodada do próximo fim de semana segue como estava, com ambos sem vencer.

Quando digo que juntando dois, não dão um, penso no time do Brasiliense, que caiu no jogo do acesso, no ano passado. Quanto aquele time era melhor? Deixo abaixo uma breve análise dos times: para legendar, em um cara a cara, quem escolho, com a opção não escolhida de um dos representantes atuais entre parênteses, e o melhor definitivo por posição em negrito. Como base, compararei os times do Ceilândia e do Capital que jogaram neste fim de semana em detrimento ao Brasiliense do jogo do acesso.

(Elias) Reynaldo – Matheus Kayser

Paulinho (Lenon) – Netinho

Euller (Richardson) – Keynan

(Badhuga) Pedro Romano – Igor Morais

Everaldo ou Renan Luís – Márcio Duarte

(Lucas Silva) Felipe Guedes – Gabriel Galhardo

Tarta (Erick Varão) – Tarta

(Júnior Timbó) Falcão – Rodolfo

Kennedy (Tobinha) – Tobinha

(Valter Bala) Deizinho – Joãozinho

Romarinho (Matheusão) – Gabriel Pedra

*paridade técnica

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.