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Nó Tático

Candangão 2025 será campeonato para a hierarquia

Competição promete nível parelho, com o desequilíbrio tendendo a se mostrar via as novas caras de um tempo construído para a história do Candangão

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Ainda seguindo a lógica que disse em outra oportunidade sobre os ascensos à elite local, imagino que o próximo Candangão vai abrir um interessante precedente. É até lógico, sob o aspecto numérico, que pelo menos metade dos clubes participantes, justifiquem interessante peso ou presença dentro de diferentes escalões com o que eu compreendo como hierarquia.

E quem melhor para referenciar essa escala senão o Ceilândia? Mesmo na introdução dos anos mais difíceis do futebol candango (os quais ainda vivemos), foi uma equipe que soube se mostrar com carisma e presença. Desde que cortou a maior sequência de títulos do distrital (o hexa do Brasiliense de 2004 a 2009), jogou oito finais, vencendo três delas. Deixou de ser mais um. Notou-se.

Quem sempre gostou deste pedestal foi o Gama, que cumprirá 50 anos na futura edição. Ainda sem saber que dia fará justiça à história antes construída que ainda o faz encher o Bezerrão. Há boas chances se o maior rival da temporada passada, o próprio treinador, não fizer o papel de antagonista. Seria inacreditável se um nome como Glauber Ramos, que conhece o que representa o clube, repetisse o mal-feito de Cícero Júnior em 2024.

Quem aparenta querer fazer barulho outra vez é o Capital. Tido como bom candidato ao título em 2024, o apresentado no estadual pode voltar com a maior motivação de jogar a Série D nacional. Renovar com a base, contratar firme e com o técnico Paulinho Kobayashi posiciona bem o tricolor nestes objetivos. A ver se será suficiente, afinal, o candidato a criar uma nova tradição, a menina dos olhos e a bola da vez de Brasília é o Coruja.

Movimentos de bastidores fortalecem os fracos na pior das hipóteses. Ninguém esperava que o Sobradinho vivesse o que viveu em 2023, na Segundinha. Em 2024, por meios futebolísticos e olímpicos, volta à primeira divisão com capacidade de surpreender e, o mais importante, prestes a estar em casa. Do absoluto nada, regressa campeão do ascenso e capacitado por uma interessante força como o Deputado Ricardo Vale. A ver se vinga. Que intriga, intriga.

E não falta um clube por destacar neste listado: vou falar do Brasiliense. Manter parte do time e Winck dá um potencial de longo prazo a depender do que esse time pode e deve desenvolver se quiser, primeiro, voltar ao calendário e, por segundo e mais importante, consolidar sua obrigação de estar mais adiante. Há uma série de atenuantes que podem fazer do Candangão 2025, novamente por mania anual, o “maior de todos os tempos”, como diz o outro, os outros e este que vos escreve.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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