Siga Nossas Redes Sociais

Colunas

Feiticeiro, vítima do feitiço

Brasiliense trouxe Gama para clássico crente de vitória de qualquer jeito e, após receber 3 x 0, busca meios de voltar ao jogo

Escrito em

“Quanto maior a altura, maior a queda”. O nível do Brasiliense na primeira fase do Candangão contrastou-se bruscamente com a queda repentina de produção na ida das semifinais do Candangão. De apocalipse e de hecatombe, o melhor dos mundos, no campo das ideias, seria que levassem meses para o duelo da volta. Isto, claro, para o lado derrotado em campo.

Afinal de contas, natural era o cenário adverso, uma vez que quem voava baixo era o Jacaré e o alviverde vivia sem norte, sem ataque e sem sentido de estar nas semifinais. Ora mais, a reviravolta após empatar sem gols contra o Capital viria justamente das mãos do arquirrival, ao eliminar o candidato direto na vaga final das semis ao invés do seu antônimo.

Diferente do que se acreditava por aí, o Ense foi esportivamente ético e não poupou forças para ter a melhor campanha da primeira fase. O tiro saiu pela culatra em um dos mais dolorosos capítulos do Clássico Verde-Amarelo, para o lado áureo. Vai adiantar jogar em casa? Adianta ter a vantagem do agregado se ela é muito menor do que o placar da ida? Por não poupar, a vida do Gama complicou-se por inteiro ano passado. Pelo contrário, em 2025, tal conduta praticamente condena o time de Taguatinga.

Maior plot twist que todo esse enredo inicial mostrou é o principal ator desta história. O próprio Luiz Carlos Carioca poderia ser narrador do presente Candangão, independente de seu desfecho. Viveu da tragédia do cargo entregue contra o Paranoá, pelo Samambaia, à comédia de estar a pouco de eliminar seu ex-patrão. Não deu tempo nem de pegar o seguro-desemprego. Foi daqueles heróis mortos que ressuscitaram sabe-se lá de onde para salvar a pátria. O povo gamense.

Mais herói, como na nona rodada, ou mais vilão pela atuação do último sábado (15), agora quem precisa de salvação é o próprio Ense. Na Copa Verde, após um épico 3 x 3, volta a ver-se com o também eliminado Goiás, ambos a três jogos de ter vaga na terceira fase da Copa do Brasil.

Além disso, mudar a volta para três dias antes da final tem duas possibilidades. Ou ter tempo para traçar a estratégia perfeita para tentar tomar de assalto o título do Candangão ou cansar o rival, quase vencedor da chave. O mesmo que o Jacaré teve “piedade” na rodada derradeira da primeira fase.

O chamado ao desfecho dessa intrigante saga é aqui na Número 1 em Esportes. Antes do confronto de volta, você acompanha o confronto entre Capital e Ceilândia no próximo sábado (22), ao vivo, com a gente.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático e apresentador do Segundou Esporte Clube, às segundas-feiras.