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EB Pelo Brasil

EB pelo Brasil: “Riscos”

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Sem querer fazer poesia barata, viver é um risco. E não estou falando destes tempos sombrios, de vírus mortal, nada disso. Falo de viver, mesmo. Acordar, sair de casa, enfrentar um ônibus lotado, atravessar uma rua… Viver!

No futebol a situação não é diferente. Pelo equilíbrio que marca o esporte, há sempre o risco de uma goleada. Uma tarde (ou noite) ruim do goleiro e… Um pênalti perdido, uma expulsão inesperada…

Vejam o que acontece no Brasileiro. Ou melhor, vejam o que acontece nos Brasileiros deste ano – e vou me referir apenas às séries A e B (pelo menos por enquanto).

Antes de a bola rolar, Flamengo e Palmeiras eram apontados como favoritos na luta pelo título. Falava-se que o Red Bull Bragantino, pela organização do clube-empresa, poderia surpreender. Fluminense iria lutar contra o rebaixamento. Corinthians brigaria por uma vaga na Libertadores… Isso, claro, na elite do futebol nacional.

E o que vemos hoje, com 15 rodadas realizadas (sei que alguns times estão “devendo”, pela bagunça instalada)?

Bem, o Flamengo está ali, em segundo lugar, lutando, sim, pela possibilidade de repetir o título conquistado ano passado. O Palmeiras está de cabeça para baixo. Hoje não pegaria vaga nem na Libertadores (e Vanderlei Luxemburgo, seu treinador, já avisou que o elenco é curto – vejam só). Na ponta da tabela, o Atlético Mineiro, comandado pelo irrequieto Jorge Sampaoli.

O Fluminense, sabe-se lá como, desponta num quinto lugar surpreendente até para seus mais fanáticos torcedores. O Red Bull Bragantino está na zona de rebaixamento – ao lado do Corinthians, que não acerta o passo e parte para contratar mais um treinador. Que loucura!

As surpresas, porém, e os riscos, não se limitam à Série A. Na Segundona, o Cruzeiro, que passou por um desmonte promovido por seus cartolas incompetentes (desonestos?), esperava fazer um bate e volta. Não é isso que acontece. Hoje, inclusive, a Raposa estaria encaminhando-se para a Série C, em parte pelos seis pontos de dívida com que começou por não pagar dívidas financeiras que estão sendo cobradas no seu ativo de jogos vencidos no gramado.

Definitivamente, viver – e jogar futebol – é um risco.

Ah… E nesta terça-feira temos a seleção brasileira em campo, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, contra o Peru, em Lima. Isso depois de ficarmos sabendo que uma comissão da CBF avaliou como ruim o gramado do Mané Garrincha, tirando de lá o jogo do time de Tite, em novembro, pelas mesmas eliminatórias. Brasília ficará sem a seleção por algum tempo.

Vicente Dattoli é jornalista residente no Rio de Janeiro e já escreveu em diversos jornais do Brasil, como o Jornal de Brasília, além de cobrir inúmeras competições nacionais e mundiais.

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