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E agora? Vamos seguir no “Retrô” ou apontar ao futuro?

Em um mata-mata de passeio, 180 minutos separam uma história de rodapé para bem ou para mal com o DF e o Brasiliense

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Pela milésima vez ao ano, reitero três pontos: o acesso é obrigação, é uma vergonha não fazê-lo e não esperava-se isto do Brasiliense. O que, sim, volto também a pontuar, mas que é novo, é a ideia de que “o futebol do DF está perto de fazer história com o ascenso do Brasiliense”. Mentira. A síndrome de vira-lata é o que segue a matar um futebol em coma de uma praça tão promissora como Brasília.

É de não crer. Quem de vocês, leitores, viu aqui o que fez o Brasil de Pelotas ontem? Detalhe: esse time estava outro dia na SÉRIE B. Digo, patamar MÍNIMO que se pode exigir ao Brasiliense. MÍNIMO. Foi 9 x 1 no agregado. NOVE. E sabem quem estava na fase anterior? Real Noroeste Capixaba. De um estado que ia ultrapassar o Distrito Federal no ranking da CBF. Crer ou arrebentar.

Por isso uma glória nada gloriosa não é uma glória. Eu não peço do Brasiliense uma Copa Libertadores. Semana passada disse que a altura do Brasiliense não, é, esta. E não é. Agora, se quer fazer, é seguir no passado. “Lembra como o Corinthians roubou aqui em 2002? Tava cheio aqui o Serejão”… Até quando, Jacaré? Até quando, Seu Luiz?

É agora, com a desgraça da piada, que o Brasiliense Futebol Clube decide se a capital do Brasil será, no país do futebol, o futuro ou o passado: um “Retrô”. Desse jeito, vide a outros atores pedindo passagem, não de hoje, o próprio Brasiliense pode ser retrô. Ficar na memória ou no esquecimento. Ir-se. Afinal, nas quartas de uma Série D, se mata ou se morre. E matar um Brasil de Pelotas que há dez anos matava o time auribranco não significa viver. Resta um. Que seja o Brasiliense.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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