Primeiro, a parte noticiosa: Felipe Surian foi anunciado nesta segunda-feira (12/05) como novo técnico do Capital. Agora, a coluna: Roberto Fernandes caiu tarde do comando do Capital. Sinceramente, não era para ter vindo. Não passa por algo pessoal, mas sim por algo que o próprio Coruja está ciente: a responsabilidade com o futebol do Distrito Federal e o compromisso com o acesso em 2025.
Pode soar injusto jogar todo o sarrafo da anterior incompetência de Gama, Brasiliense, Ceilândia e outros no time tricolor. Mas me cabe pensar que foi o próprio Capital quem pediu, por chegar de forma tão competitiva nos últimos anos. Uma estreia digna na Copa do Brasil confirma esse viés. Agora, corresponde dar o passo além que o futebol local tanto precisa.
“O que vem por aí?” Me perguntei com tensão e incerteza logo após a demissão contra o Mixto. Por sinal, a coluna estava pronta. Era de roer unhas o que pôde fazer o Capital. Soaram Celso Teixeira e Marcelo Caranhato. Eu iria desistir. A decisão, por sorte (que, como diz Seu Rivaldo, meu avô, “acompanha os competentes”), confirma tal responsabilidade citada acima.
A expectativa é de que consegue tornar, novamente, o Tricolor como favorito para subir. É um elenco competente, com estrutura admirável e direção capaz. Quero (e penso que o apreciador do futebol candango também quer) acreditar no Capital. E isso passa pelo compromisso de Felipe Surian no comando.
Ora, não precisa ver muito futebol para notar a diferença do desempenho do time com cada técnico neste ano. Nem Paulinho Kobayashi resistiu a uma oscilação e a um time que não lhe era tão simpático. Marcelo Cabo mudou o nível e a esperança era outra, com uma prospecção mais à altura. Como ponto positivo, que se queimem quantos técnicos forem precisos: o Capital precisa subir!
Agora, fazendo outro parâmetro, a saída de Cabo lembrou aquela anterior frustração da CBF com o hoje acertado Carlo Ancelotti. É claro que não se pode pedir um técnico como Ancelotti, mas parecia difícil olhar para o mercado, escolher e pagar, com a realidade que o Capital tem, por um técnico que faça esse time subir?
Não foi. Tudo correu rápido e bem. Assusta como o Coruja deixou de ser, tristemente, um favorito ao acesso a essa altura da competição. Inclusive, por informação do querido amigo e colega de EB, Rômulo Maia, Surian havia pedido oito a nove nomes no Treze, de onde veio. Até onde tais nomes foram contratados pelo time paraibano (onde jogaram Felipe Guedes e Wallace Pernambucano no ano passado) podem aparecer com a camisa tricolor? Fique atento à Esportes Brasília para saber mais.
