Foto: FC Barcelona/Divulgação
O ex-lateral do São Paulo e Barcelona, Douglas Pereira, foi absolvido em um processo judicial que investigava a acusação de ter efetuado disparos para o alto durante um passeio no Lago Paranoá, em Brasília, no aniversário da capital, em abril de 2023.
Douglas havia sido indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Posteriormente, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra o atleta, que foi rejeitada pela Justiça em primeira instância.
O MP recorreu na segunda instância do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), mas o desembargador Arnaldo Corrêa Silva manteve a decisão de não acolher a denúncia. Os promotores não avançaram com novos recursos dentro do prazo legal, tanto na presidência do TJDFT quanto em instâncias superiores. Com isso, o processo foi arquivado de forma definitiva, e Douglas não será responsabilizado, uma vez que não foram apresentados elementos suficientes para sustentar a acusação.
A equipe da Esportes Brasília não conseguiu contato com a defesa do jogador, que atualmente está sem clube.
O caso
O episódio aconteceu no aniversário de Brasília, em 2023. Douglas participava de um passeio de lancha no Lago Paranoá, acompanhado por outras pessoas. Segundo relatos, ele teria ingerido bebida alcoólica e se desentendido com ocupantes da embarcação.
Quando deixou a lancha, próximo ao horário de fechamento da marina, um segurança pediu que ele se retirasse do local. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o jogador foi até o estacionamento onde estava seu carro, pegou uma pistola .380 e efetuou disparos para o alto.
Em seguida, segundo a denúncia do MP, Douglas teria escondido a arma no matagal, junto a uma bolsa contendo cinco munições não registradas e um certificado de registro de uma pistola Glock, registrada em nome de sua mãe. Os policiais encontraram a bolsa e uma cápsula de munição próxima ao veículo do jogador. Apesar de inicialmente negar os disparos, Douglas teria admitido informalmente a autoria, mas recusou-se a informar o paradeiro da arma.
A versão de que o ex-jogador efetuou disparos foi sustentada pela Polícia Militar e confirmada pela esposa do atleta no momento da abordagem. No entanto, em segunda instância, o desembargador concluiu que não havia provas suficientes para comprovar que Douglas havia realizado os disparos, mesmo com a confissão informal feita aos policiais.
Diante da ausência de elementos que corroborassem a denúncia, o processo foi encerrado, e Douglas foi absolvido.
