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Nó Tático

Uma alegria para a Argentina

Escrito em

Paulo Martins

Se bem que os brasileiros não andam passando bem os últimos tempos, a Copa do Mundo é um alento muito grande ao povo argentino, bem mais desamparado em relação ao nosso.

Para quem não sabe, a Argentina, entre os Séculos XIX e XX, foi uma das grandes potências econômicas mundiais, sobressaindo-se em momentos em relação ao próprio Brasil.

Entretanto, não há nada como um cenário político para complicar as coisas. Prejudicada pela crise econômica de 1929, os hermanos encontrariam saída duvidosa (e até hoje) em um militar chamado Juan Domingo Perón.

Uma espécie de Getúlio Vargas platino se intercalou com sua ideologia na política argentina ao longo dos anos, junto de políticos exemplares em como não gerir um país, com uma ditadura militar no meio da história e uma guerra contra a Inglaterra pelas Ilhas Malvinas.

Quem pagou anualmente por gente como Menem, De La Rua e Macri, ou mesmo os neoperonistas (definição similar para o kirchnerismo) como Nestor e Cristina Kirchner e o próprio atual presidente Alberto Fernández, foi o futebol. Sem novidades.

Boca, River, Independiente, Racing, San Lorenzo, Vélez, Estudiantes, Rosario Central, Newell’s. Estas são as alegrias esporádicas durante a seca de 36 anos entre Maradona e Messi como donos do mundo.

A inflação, a desvalorização da moeda e a pandemia, que também afetou a nós, brasileiros, foi bem mais dura à Argentina nos últimos tempos. Uma graça que seja veio a partir dos pés de Gonzalo “El Cache” Montiel. Citando o companheiro de profissão Pablo Carrozza, “o futebol é as férias dos pobres”.

Portanto, além de Messi e Di María, a reconfortante taça também reduz e recompensa o penar de outros 45 milhões do outro lado dos rios Paraná e Uruguai. É uma Copa para os desamparados e um agradecimento à vida de Diego.

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