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Nó Tático

Quando o futebol brasileiro deixou de ser democrático?

Escrito em

Paulo Martins

Logo que se iniciem as semifinais da Copa do Brasil, muitos (ou todos) os torcedores e seus times envolvidos só pensarão em uma coisa: no rico prêmio de R$ 50 milhões. Se um dia a copa milionária foi para os pobres, hoje já não se lembra.

Criciúma, Paulista de Jundiaí, Juventude, Santo André, Sport… nunca mais serão campeões. Questiono-me, vendo os times que chegam às fases agudas, quando o futebol brasileiro deixou de celebrar sua copa nacional como a mais democrática do mundo.

Times como Brasiliense, Vitória e Figueirense agora têm chance remota (para não dizer nula) de fazer história. Esta está restrita aos grandes. Não tenho nada contra eles, mas, a magia ilógica do futebol se perde uma vez que não se dá oportunidade de um time menor ter uma mínima façanha em sua vida.

Se isto for uma declaração contra o glamour do futebol moderno, que assim seja. Esse adorado esporte é de todos, mas sua lógica profissional se tornou estritamente elitista. A bola virou moeda, se sabe. O jogo de sonhadores e de gente que quer mostrar suas ideias ao mundo já não mais existe.

Logo os gramados serão vermelhos como os tapetes de hotéis luxuosos onde realmente se situa a alma do futebol: presa e vendida. Um exemplar de uma espécie em extinção que foi raptada pela sujeira prática do dinheiro. A quem restou, que se matem para ver quem morre por último.

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