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Nó Tático

Palmeiras vem a Brasília para boicotar Leila Pereira

Escrito em

Paulo Martins

As revoltas palmeirenses não fizeram esperar e têm seu sentido. Quando dois pilares titulares vão embora, se espera, no mínimo, uma reposição numérica no elenco. “Qualidade custa dinheiro”, disse Abel Ferreira após o 0x0 frente ao São Bento.

O técnico português voltou a se dirigir à diretiva liderada pela presidente Leila Pereira após repetir atuação frágil e sem criatividade no clássico contra o São Paulo, onde até o explosivo Endrick não apareceu. “Treinador treina, jogador joga e direção tem que dirigir”. Curto, grosso, direto e certeiro. O professor incentiva os muros pichados no Palestra Itália e as publicações e cânticos dos organizados alviverdes.

E o que vai restar do Palmeiras no sábado? Vítor Pereira, técnico flamenguista, por outro lado, tem apenas três jogos e seu time já demonstra mais acerto do que o Palmeiras. Mostra gols. Uma chuva de gols. Quando a bola chega, o resultado não tem como ser diferente.

Tampouco é difícil montar um quebra-cabeças quando se tem fotos e exemplares do que se constrói no peça por peça. Leila vendeu, guardou para si e não faz questão de completar o brinquedo. É assim como convém. No sábado, faltará quatro dias para o fim da janela de transferências e mesmo se Leila divulgar um surpreendente pacote, ninguém jogará na Supercopa.

Ora, quando a presidente resolveu – à revelia – abrir a carteira no ano passado, tampouco foi estratégica. Trouxe um apagado Bruno Tabata, manteve um Atuesta sem brilho, e desembolsou 42 milhões de reais (superou o recorde histórico de Miguel Borja) em José Manuel “Flaco” López.

E antes que se pense algo equivocado, o Palmeiras não deve um só centavo à empresa de Leila, que era pouco conhecida e que graças ao clube tem agência em todo lugar no país e já teve propagandas por longo tempo no horário nobre da televisão. Patrocinando, inclusive, o telejornal de maior audiência no país.

Para o Flamengo, o virtual título (para não parabenizar os cariocas de antemão) é um gás interessante para o Mundial de Clubes. Ali, no Marrocos, precisarão de sorte. No Mané Garrincha, precisarão apenas entrar em campo. O adversário entrará com dois jogadores a menos.

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