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Nó Tático

O Brasil correu do Superclássico

Escrito em

Paulo Martins

É insólito para um dos maiores favoritos (o maior, segundo alguns) da Copa do Mundo chegar a pôr em risco uma classificação justa pelo apresentado em 120 minutos. Entretanto, o caminho da cal é outra coisa, quase um outro esporte. E falar de pressão para quem costuma usar o salto alto é demasiadamente desnecessário: já se sabe como termina.

Caso a Argentina tenha facilidade em vencer os croatas no tempo normal, a culpa recairá ainda mais nos atacantes, ofuscados pelo goleiro Livakovic e despreocupados por perder um caminhão de gols durante a fase de grupos. O brasileiro tanto enganou-se com o 4×1 ao acreditar que todo adversário é a Coreia do Sul em seu pior jogo no Mundial, por medo do Brasil.

Também por medo se caiu diante da Croácia. O medo de não passar virou ansiedade depois do 1×0, com uma das raras genialidades de Neymar vestindo a Amarelinha, ao se ver que até Fred, volante de contenção, subiu para lutar por um jogo ganho. “Faltavam quatro minutos” foi a frase mais dita pelos brasileiros neste tempo pós-eliminação.

Por não saber jogar uma Copa, se vê a Argentina ganhar no Maracanã e ir mais longe no Catar. Por não saber jogar uma Copa, Neymar, se vai da seleção apenas com uma medalha olímpica, uma vez que em 2019 ele não estava no elenco, por lesão. Tite, um dos melhores em aproveitamento com a Canarinha, se vai como um covarde. Por não saber jogar uma copa, se corre de um time copeiro como a Argentina e se perde para outro exemplar como a Croácia.

Foto: André Durão/Mowa Press

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