Paulo Martins
O assunto de hoje não tinha como ser outro, por mais que eu seja responsável pela linha editorial da própria coluna, pela qual agradeço a autonomia à direção da Esportes Brasília.
Passado este mini discurso mais eleitoral do que sinal da urna eletrônica, venho aqui questionar o que fará Sua Excelência, o reeleito Governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha sobre o esporte na capital do país. Se é que isto sequer passará pelo Eixo Monumental, que dirá às portas do Palácio do Buriti.
Contestada a parceria do clube com maior torcida no Brasil (e que em Brasília não é diferente), será que a parceria com o BRB segue até 2026? E se segue, pagaremos TODOS pelos salários de Gabriel, Arrascaeta, David Luiz e companhia?
Ora, o Estado é acionista principal de um banco que patrocina um time de futebol. Na prática, ato ilegal dentro da recente forma da Constituição para o assunto.
Para os flamenguistas da capital, compensa a flamengocracia de Ibaneis. E para a imprensa local é interessante ver um time como o Fla vir até aqui para exibir seu futebol e cobri-lo com a maior satisfação, ainda que não deva ser nossa obrigação sustentá-lo como atualmente é.
Enquanto isso, apenas um time conseguir fechar as contas em superávit enquanto se complica administrativamente e o restante do esporte do DF (até o basquete, já histórico na cidade) definha tristemente.
Claro que há questões muito mais fundamentais como a saúde, a economia ou a mobilidade urbana, que estão um caos. Mas o que é nosso também tem que ter suporte para mostrar seu valor. Um governo que se preze deve prezar por tudo e por todos.
