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Nó Tático

Até onde a tradição conta e a camisa pesa?

Escrito em

Paulo Martins

É muito engraçado quando se entra numa discussão entre torcedores rivais sobre as ideias em que um ou outro é maior. O fiel da balança desta conversa pode ser o clubismo. Mas, será que existe de fato esta máxima do peso da camisa?

Vez ou outra vemos times tradicionais pagando vexames ou jogando em categorias menores. O que é absolutamente normal e que pode fazer você se lembrar de um rival que não vive boa fase ou até mesmo do seu próprio time. Sem ofender.

A questão é que na hora da crise, o fator para a renascença de uma história, de um escudo e a sua ressignificação para uma torcida é interessantemente válida: basta ver, os investidores das novas SAF’s e proprietários de clubes, por exemplo, buscam por clubes que já possuem, em si, este valor histórico.

As gestões, novas ou não, mas com a mente aberta para um futebol mais moderno, trazem resultados sempre interessantes: eu paro para pensar (ainda que como jornalista deveria ter a vergonha na cara de ir pesquisar) quando foi a última vez em que se viu Celtic e Rangers juntos na fase de grupos da Liga dos Campeões?

Esse clássico tem 134 anos e tem gente que se mata na Escócia, na Irlanda do Norte e em partes da Inglaterra até hoje por esse jogo: uma das maiores rivalidades do mundo. O peso do Old Firm fez com que tamanhas equipes, de cunho católico e protestante, respectivamente, voltassem ao principal campeonato de futebol do mundo. Isso porque o futebol escocês nem está com toda essa moral. Portanto, a camisa indica pesar, mas a bola pesa mais. Basta testar a balança.

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