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Nó Tático

Quando a falta de códigos estraga o esporte

Escrito em

Paulo Martins

A maior temporada da história do Novo Basquete Brasil tem nos dois times do DF uma das situações complicadas do campeonato. Além da situações de quadra, Brasília e Cerrado estão trepidando entre atuações oscilantes e problemas extra-quadra ao longo da competição.

A situação mais curiosa tem lugar no time alviverde. O 15° colocado está com atraso salarial de 19 dias desde a virada da folha. Ainda assim, teve a maior vitória no clássico sobre os celestes, por 31 pontos de diferença e teve jogo parelho contra o São José, o melhor time do campeonato neste momento, agora com seis vitórias seguidas.

Mais grave do que o comprometimento não correspondido é a possibilidade da perda do principal do time. O ala Grantham Gillard (líder em média de pontos) está prestes a voltar aos Estados Unidos e romper o contrato não cumprido pela instituição candanga.

Quem acompanha o basquete se lembra quando Ricardo Fischer se foi do Brasília no meio da temporada ao Flamengo em 2022/2023. Também, pelo mesmo motivo. Curiosamente, na situação atual, o celeste tem contas em dia e os cerradistas são os únicos patrocinados pelo Banco Regional de Brasília (BRB) a ter atraso nas cotas.

Entretanto, no Nilson Nelson a situação é parecida ao que se vê em outros tristes exemplos do esporte local. A comodidade, apesar das broncas do técnico Dedé Barbosa, comprometem a competitividade prometida pelo próprio time para o campeonato. Em raros casos, assim como na Asceb, não se vê qualquer satisfação de diretores.

Assim, o basquete local, outrora com propriedade para tirar de Franca o título de capital nacional do esporte, hoje não tem mais que dois times descomprometidos. Não precisamente com casos iguais. De toda forma, é assim quando a falta de códigos estraga o esporte, para qualquer dos efeitos. O Distrito Federal segue carente.

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