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Nó Tático

“É proibido cochilar”

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Para entrar no baile do Candangão, e com referência a este grande clássico do forró brasileiro, é preciso ter disposição. Disso ninguém duvida. Em uma edição arretada como a mesma supõe, o ritmo acelerado pega alguns dançarinos de surpresa que falham no compasso ao andar da música.

Antes da seresta, o frevo de Wallace Pernambucano levou o show de cores do Capital a uma classificação antecipada ao restar de duas rodadas. A coreografia já bem pronta e conhecida dos comandados de Paulinho Kobayashi fazem jus ao indicado na prévia da competição. Bravo!

Outros gostam de riscos e pagam para ver se um passo extremo não compromete a apresentação: nesta sétima rodada, sorte para o Gama nas aventuras de Cícero Júnior e azar para o agora ofensivo Agnaldo Liz e o Paranoá, que saiu do G-4. Às vezes ousadias, como o chapéu do técnico gamense, fazem bem, viu, Sucuri?

Este campeonato já mostrou que a lógica dos trancos e barrancos não se aplica para o sucesso. Tem que dançar conforme a música, mesmo que o palco seja tão terrível quanto o gramado do Estádio Rorizão. O Brasiliense sabe que ainda deve e que um movimento em falso pode tirar a equipe do calendário nacional depois de muito tempo. A crítica, a crônica e a arquibancada não vão aliviar.

Nesta Dança dos Candangos, “o sanfoneiro padece mas não pode reclamar”. Apesar de todo o desgaste de pernas até o presente momento, ainda não é hora de parar. Os momentos mais emocionantes ainda estão por vir, e na hora da decisão é proibido cochilar, cochilar, cochilar…

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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