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Nó Tático

Crônicas de mortes anunciadas

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Os dois maiores clubes do Distrito Federal perderam para si a vaga na final do Candangão. Assim, não mais. Independentemente se havia um adversário potente do outro lado. Não cumpriram com a obrigação. É, sim, um papelão. E como já é há tempos, hein. O esporte local não pode mais esperar por meros lampejos como boas atuações em Copas do Brasil ou esporádicas Copas Verdes.

Sim, o Gama vai para quatro anos sem calendário nacional. É um total absurdo. A cabeça do torcedor gamense viveu um turbilhão nas últimas 72 horas. No começo do ano, viveu romance, graça e ação. Provou da traição de quem o aplaudiu ironicamente, de quem burlou-se do estandarte do maior campeão da capital federal. A regra é clara. O mérito é honesto e medido.

Essa coluna avisou, não de hoje, de besteiras anteriormente feitas e que já cansa de bater na mesma tecla. O autor das mesmas preferiu por um “Gran Finale” de cinema, alterando suspense por comédia trágica. Divulgou uma escalação para manter sobrevida e entrou em campo morto. E, se houver responsabilidade no alviverde, sem emprego. Tchau, Senhor Júnior.

O caso do Brasiliense é carta cantada há muito muito tempo. Ainda que a unidade atual seja regular para objetivos menores dos que o Jacaré realmente necessita, os reforços nem sempre condizem à realidade. Via de regra, não será de se estranhar se a tônica se repetir na Série D nacional. Agora, tem que subir, hein. Ou vai mesmo deixar que 2025 seja um ano vazio passado o mês de março?

Não é mistério pra absolutamente ninguém que vê um pouco de futebol (e compreende algumas entrelinhas básicas) que o clube auribranco tem totais condições, mais até do que o dever de ascender. É a esperança local há uma década, sendo frustrada sempre e sem exceção. Claro, há que ver o que pode oferecer também o Real Brasília, mas todos sabemos quem realmente pode. Em pessoa.

Dito isso, a final está em boas mãos. Chegou quem deveria chegar. Por aí se diz que esta era a final que ninguém queria, por faltar Brasiliense e Gama. A real é que o futebol candango precisa de quem busque fazer algo. Basta de descartes à história e à camisa. Queremos gente que tente como o Ceilândia fez no ano passado e como o Capital parece fazer desde já. Que pelo menos tente. Queremos raça, dos times todos.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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