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(Completando:) O que começa errado, não tem como terminar certo

Uma fórmula batida e repetida volta a provar pecados do Brasiliense em nova queda na Série D

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No dia 20 de maio, esta coluna escrevia sobre a estreia de Luiz Carlos Winck no Brasiliense. “Já deixo muito bem avisado de antemão que o que eu mais queria era ter minha língua queimada e o Jacaré no ascenso. Aparentemente não vou ter nem uma nem outra”, eu disse. E não foi por pênaltis que isso deixou de acontecer. Foi pelos Kaio Nunes e Matheus Batista da vida que entram em campo. Por ordem do técnico, se este for homem, ou por ordem de outro se estiver vacante.

Disso saberemos até o final do ano: se o time mantém o treinador na esfera de influência ou volta com os nomes de sempre. Sempre a mando do nome de sempre. “Que ‘esse time tem que subir’ todo mundo sabe. Salvo o bom achado do Wagner Coradin, do bom e consistente Igor Morais, e do valente Aldo, que nem sempre vai estar pela idade e condição física, seria precisa outra barca para fazer esse time subir. Matheus Batista e Kaio Nunes me fazem pensar que ainda dá tempo de ser jogador com o meu sobrepeso”. Vou me calar, senão eu mesmo jogo pelo Brasiliense em 2025. E eu não quero fazer parte da culpa do de sempre, que nunca é culpado, uma vez condenado.

“Ah, o Iporá, lanterna do último estadual, lidera a chave A5 (!!!) com um catado de clubes candangos, incluindo alguns da batuta do auribranco e do dono, oficialmente, Luiz Estevão. SAF, clube social, ONG, o que seja. O Brasiliense não dá certo e não de hoje. Mas quem reclama deve estar errado, por algo. Por fatores que mudaram a idiossincrasia do futebol candango. E para muito pior: um pesadelo de um ciclo vicioso que parece não ter fim”, eu escrevi. Ipsis litteris. Crer ou reventar.

O Brasiliense Futebol Clube perdeu uma rara chance de subir em uma Série D de nível ridículo. Tão ridículo que nem precisa ter um time sequer medíocre (coisa que ainda falta ao Retrô) para bater o Brasiliense. Tão ridículo que bastou o mesmo Luiz Carlos Winck sair depois de quatro anos para o Anápolis conseguir subir. Por sinal, parabéns ao Galo, que algo diferente fez. Diferente de quem faz mal. E igual. E sempre.

Sem futebol, sem calendário.

Narrador Esportes Brasília desde 2022; Currículo com duas Supercopas do Brasil e uma Copa do Mundo, além de extensa cobertura do futebol, futsal e basquete da capital federal; Colunista EB no Nó Tático, às segundas-feiras.

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