No confronto entre criador e criatura, melhor para Bernardinho

Na noite desta sexta-feira de carnaval, os brasilienses que permaneceram na capital federal tiveram a oportunidade de acompanhar o Brasília Vôlei jogando diante do líder do campeonato, o Rexona/Rio de Janeiro. A atual campeã da Superliga Feminina não teve dificuldades para fechar o jogo por três sets a zero, com parciais de 20×25, 25×27 e 31×29, em 1h23min de jogo. A ponteira holandesa Anne Bijus foi eleita a melhor em quadra e levou o troféu Viva Vôlei. A maior pontuadora do jogo foi Andréia, do Brasília Vôlei, com 14 pontos.

Com o resultado, o Rio de Janeiro chega aos 53 pontos e abre oito de diferença para o segundo colocado, o Osasco, que tem 45. Já o Brasília Vôlei permanece na sexta colocação, com 32 pontos.

O ginásio do SESI, em Taguatinga, teve casa cheia no começo do feriado. Quem permaneceu na cidade aproveitou a oportunidade de ver a equipe do técnico mais vitorioso da história do voleibol brasileiro. Bernardinho era o mais reverenciado pela torcida, sempre que tinha o nome anunciado pelo sistema de som do ginásio.

Do outro lado, a equipe da casa não rendeu o esperado pela expectativa sobre o jogo. No segundo set, o Brasília chegou a ter cinco set points a disposição e não converteu. No terceiro set, foram outras quatro chances de vencer a parcial não aproveitadas. Com isso, o Rio aproveitou a chance e fechou o jogo em três sets.

Rexona/Rio de Janeiro precisou de apenas 1h23 para vencer o Brasília Vôlei por 3×0 no Ginásio do Sesi, em Taguatinga – Foto: Felipe Costa/Ponto Marketing Esportivo

O JOGO
O jogo começou com o Brasília desperdiçando e errando muitos saques. Desta maneira, as cariocas aproveitaram para abrir 11×6. Mas uma coisa chamou a atenção na equipe de Brasília. O técnico Anderson Rodrigues mudou a posição da oposta Andréa e da central Roberta na rede. A oposta estava puxando bolas de meio, enquanto Roberta abria na ponta pra utilizar a jogada china. A mudança ocorre apenas quando as duas estão na rede.

Segundo Anderson, a mudança é treinada e vem sendo testada durante as atividades da equipe candanga. “Isso é uma coisa que está sendo treinada e a gente precisa melhorar uma jogada nova. São características das jogadoras. A Roberta é atacante nata de china e a Andrea é central de oficio e não posso perder a característica delas”, contou.

Mesmo iniciando com essa mudança, a equipe carioca aproveitou a vantagem conquistada no começo do set e seguiu até o final controlando a atuação para fechar a parcial por 25×20, em 22min, e abrir um set a zero no jogo.

No segundo set, o Rio de Janeiro começou abrindo 4×2 depois de encaixar dois pontos de bloqueio. Diferente do set anterior, em que as cariocas foram abrindo vantagem, nesse o Brasília conseguiu trabalhar bem no set. Contando com uma boa passagem de Amanda no ataque, a equipe candanga conseguiu abrir uma vantagem de 16×13. A vantagem não durou muito tempo e, com isso, o Rio contou com uma boa passagem de Jucyelle pelo saque para o time visitante empatar o set.

O Brasília Vôlei chegou ao set point depois de bloqueio simples de Amanda em um ataque de Jucyelle. A equipe carioca salvou os dois set points e o set foi a 24×24. O Rio de Janeiro fechou o segundo set após um ataque pra fora de Paula Pequeno, fazendo 27×25, em 29min, e abrindo dois sets a zero no jogo.

O terceiro set teve uma história parecida com os outros dois. O Brasília iniciou o set trocando pontos com o Rio. A equipe carioca aproveitou um momento de deslize do Brasília pra abrir 11×8. As donas da casa conseguiram virar o set em seguida, com uma boa passagem da Paula pelo saque. No entanto, ao final da parcial, mais uma vez, o Brasília teve cinco set points para fechar o terceiro set e o Rio de Janeiro fez valer da sua força para igualar em 24×24. Em seguida, o Rio precisou de quatro match points para fechar o set por 31×29, em 32min, e o jogo por três sets a zero.

O Brasília Vôlei volta à quadra na próxima sexta-feira (03), contra o Valinhos, às 20h30, no interior paulista.