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Vôlei

“Formamos um time bastante aguerrido”, afirma Sérgio Negrão

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O Brasília Vôlei estreia neste domingo (15), pela quinta vez, na Superliga Feminina de Vôlei. O primeiro adversário será o Fluminense/RJ, no Ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro. Sem grandes estrelas, como Paula Pequeno, Amanda, Macris e Roberta, que deixaram a equipe candanga, o time brasiliense aposta em revelações formadas na própria cidade e jogadoras de outras equipes para tentar chegar – mais uma vez – às quartas de final da competição.

Quem explica como é a nova cara do Brasília Vôlei é o gerente – e treinador – do time, Sérgio Negrão. Em entrevista exclusiva à Esportes Brasília, Sérgio fala da saída dos patrocinadores, das etapas de montagem da equipe, dos amistosos contra o Praia Clube e da expectativa para a largada diante do tricolor carioca.

“Esse novo perfil [do Brasília Vôlei] é de jogadoras mais jovens, entre 22 e 23 anos, com grande potencial. Algumas delas já participaram de categorias de base. Em virtude do orçamento modesto, esse time também é mais modesto. Jogadoras de nome saíram e agora entraram atletas que estão dando um gás danado e tenho certeza que o público vai ver um time bastante aguerrido”, ressalta.

A saída de dois patrocinadores afetou diretamente no desenvolvimento da equipe para a próxima temporada. “Se é um time de 20 milhões ou de um milhão, temos um custo fixo, pois têm alimentação, transporte, moradia, entre outros gastos. Quando tínhamos os dois patrocinadores, o custo fixo permitia montar um time como esse. Mas eu, sinceramente, gostei do time que montamos, mesmo com o orçamento inferior. Estou apostando nisso. Tenho um receio, pois elas não eram atletas protagonistas nas equipes onde atuavam. Aqui elas serão protagonistas”, garante o gerente.

Sérgio Negrão será o técnico do Brasília Vôlei na temporada 2017/18 após a saída de Anderson Rodrigues para o voleibol suíço - Foto: Rener Lopes/Agência EB

Sérgio Negrão será o técnico do Brasília Vôlei na temporada 2017/18 após a saída de Anderson Rodrigues para o voleibol suíço – Foto: Rener Lopes/Agência EB

Um time mais brasiliense possível
Das 16 jogadoras inscritas para a temporada 2017/18, seis são da capital federal. Além de Vivian Lima, que já estava na equipe na última temporada, cinco jogadoras foram promovidas ao elenco principal: a líbero Eduarda, as ponteiras Gabrielle, Natália e Letícia Oliveira e a central Wesliane.

“Às vezes, a oportunidade é que causa tudo isso. Como não tínhamos dinheiro, tive que antecipar meu sonho: temos 160 atletas nas categorias de base, masculina e feminina, e queria contratar dez jogadoras daqui da cidade, deixando um time mais brasiliense possível. Com a escassez de recurso, tive que chamar seis dessas para o time principal. No entanto, elas não estão no mesmo nível. Vão rodar e aprender a decidir jogo, mas mesmo assim, essa atitude faz parte do escopo do nosso projeto: revelar atletas”, diz Sérgio Negrão.

Com o time formado, o Brasília Vôlei realizou apenas três amistosos preparatórios para a Superliga Feminina. O adversário das três partidas foi o Praia Clube, em Uberlândia/MG. O time candango perdeu os três jogos, sendo dois por 4×0 e o terceiro por 3×0. Mesmo com o resultado adverso, a avaliação de Sérgio Negrão foi pra lá de positiva.

“O primeiro set do primeiro amistoso foi 25×11 para o Praia Clube, que jogou completo. A gente sabe que eles estão credenciados ao título e vieram com a força máxima para a quadra. O segundo set foi 25×15, o terceiro foi 25×19 e o quarto foi 25×23, contra esse time. No outro dia, mesmo com o rodízio que fiz entre as atletas, tivemos set de 32×30. Então, notadamente, o time evoluiu, apesar de termos perdidos todos os sets. No último jogo, a diferença não passou por mais de três pontos. Pra mim, foram bem proveitosos os amistosos”, analisou Sérgio.

Brasília Vôlei realizou três amistosos em Uberlândia contra o Praia Clube e acabou derrotado - Foto: Reprodução/TV Integração

Brasília Vôlei realizou três amistosos em Uberlândia contra o Praia Clube e acabou derrotado – Foto: Reprodução/TV Integração

A estreia
A largada do Brasília Vôlei na Superliga Feminina 2017/18 será diante do Fluminense, no Rio de Janeiro. Em seguida, o primeiro jogo em casa acontecerá diante do Sesi São Paulo, no dia 21 de outubro, no Ginásio do SESI Taguatinga.

“Nós estipulamos alguns adversários diretos. Minas, Sesc Rio e Osasco, esses times com grande investimento, não competem contra nós. Tem outros times médios e outras equipes que são nossos adversários diretos, como o Sesi São Paulo. Contra esses, a gente vai se preocupar. Eu espero uma estreia nervosa contra o Fluminense. Se elas tiverem os nervos sob domínio e tranquilidade, imagino que será um grande jogo”, diz Sérgio.

Sob olhar de Sérgio Negrão, Brasília Vôlei treina para a estreia diante do Fluminense na Superliga Feminina 2017/18 de Vôlei - Foto: Rener Lopes/Agência EB

Sob olhar de Sérgio Negrão, Brasília Vôlei treina para a estreia diante do Fluminense na Superliga Feminina 2017/18 de Vôlei – Foto: Rener Lopes/Agência EB

E até onde o Brasília Vôlei pode chegar? O experiente técnico afirma que o time, mesmo com todas as dificuldades, pode ir longe. “Para mim, seis times já estão garantidos. Já do sétimo até o 12º time, o nível entre eles é muito igual. Aí vai depender do momento, do jogo, da equipe, para quem garantir as outras duas vagas. Quem sabe a gente não fica com uma dessas duas vagas?”, afirma, esperançoso.

O time pode se reforçar ainda mais. “Eu ainda não perdi a esperança de contratar duas jogadoras estrangeiras, se entrarem novos patrocinadores. A janela fecha em 20 de dezembro e, com isso, poderemos ter um segundo turno melhor. Apenas dependemos deste aporte financeiro”, crava Sérgio.

Confira o elenco para a temporada 2017/18:

Remanescentes:

Beatriz Martins – levantadora
Letícia Bonardi – oposta
Mari Helen – ponteira
Vivian Lima – levantadora

Reforços:

Aline da Silva – central (ex-Rio do Sul/SC)
Carol Godoi – central (ex-São Caetano/SP)
Eduarda Santana – líbero (categoria de base)
Fernanda Angélica – central (ex-Osasco/SP)
Gabrielle Vitória – ponteira (categoria de base)
Isabela Paquiardi – ponteira (ex-Sesi/SP)
Juju Perdigão – líbero (ex-Fluminense/RJ)
Letícia Oliveira – ponteira (categoria de base)
Malu Oliveira – oposta (ex-Praia Clube/MG)
Natália Gonçalves – ponteira (categoria de base)
Priscila Souza – ponteira (ex-Valinhos/SP)
Thaynã Moraes – levantadora (ex-Brusque/SC)
Wesliane Caldas – central (categoria de base)

Rener Lopes é jornalista formado pela UCB. Atua na mídia esportiva desde 2006, com passagens por sete rádios, como narrador, apresentador e setorista. Tem no currículo três olimpíadas (Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016), três Copas do Mundo (Brasil 2014, Rússia 2018 e Qatar 2022) e duas Copas América (Brasil 2019 e 2021).

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