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Futebol

Vitória, artilharia e liderança: no Gama, Nunes vai muito bem, obrigado

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Nunes

Ao microfone da Esportes Brasília, um desabafo: “isso é pra mostrar pro babaca que ficou me diminuindo, dizendo que eu não jogava mais e só ia roubar”. Para quem era essa resposta? “Se ele tá ouvindo, sabe que é ele. É o babaca que falou muito e agora tem que engolir”. Número 9 às costas, gotejando suor e esbanjando um sorriso, Nunes tinha todos os motivos para comemorar após o apito final no clássico Gama x Brasiliense, no último domingo (17).

Isto porque, em 2018, o atacante defendia as cores do, hoje, rival. Cercado de desconfianças, chegou ao Ninho do Periquito sob protestos da torcida alviverde. Na partida contra o Capital, pela segunda rodada do Candangão, atacou de profeta. “Tenho que trabalhar para tirar essa desconfiança. A torcida do Gama ainda vai me aplaudir”, gritou Nunes em meio às vaias das arquibancadas.

Contra o Formosa, na primeira chance como titular, guardou o primeiro. No jogo seguinte, frente ao Ceilândia, balançou as redes novamente. Pouco a pouco, mostrava serviço ao treinador Vilson Tadei. Em seguida, mais dois no Sobradinho. No clássico, quando Vitor Xavier foi derrubado na área, sequer titubeou e tomou a bola para si. Na cobrança, deslocou o ex-colega Edmar Sucuri e marcou o quinto gol com a camisa gamense.

Desta vez, Nunes era ovacionado enquanto respondia aos repórteres à beira do gramado. A comemoração do gol – passando a mão sobre a garganta, como quem ceifa alguém – foi repetida à exaustão pelos torcedores que rodeavam o túnel para os vestiários. Questionado se fora uma noite perfeita, negou. “Teve uma bola que eu não consegui chegar, não tive perna. 37 anos, né?! Dava pra ter feito mais um”, lamentou-se, mas com um sorriso nos lábios.

Nunes é o único homem, até o momento, que furou a zaga do Jacaré. Foto: Ricardo Botelho/Artmídia Press

Questionado pela EB no intervalo de jogo se valeu a pena ou não a troca de lado, Nunes olhou com veemência ao entrevistador e disse, convicto: “valeu”.

Tabu quebrado

O Brasiliense, além de invicto no Candangão, não havia sofrido gols no campeonato até então. Recorde absoluto na história do certame, o Jacaré passou oito jogos – ou quase 750 minutos – sem sofrer gols até Nunes cobrar a penalidade que traria o tabu ao chão. Fez valer a famigerada “Lei do Ex” e ainda se igualou a Jefferson Maranhão, companheiro de alviverde, na artilharia do campeonato, com cinco gols.

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