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Futebol

O drama do Serejão: segundo maior estádio do DF ainda espera liberação para o Candangão

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Serejão

Final de pré-temporada, elencos se definindo, times ficando prontos, mas os campos… Em todo início de temporada uma nuvem de incertezas ronda as praças esportivas candangas. Segundo maior estádio da capital, o Elmo Serejo Farias – ou apenas Serejão – é, desta vez, o centro das dúvidas, já que está fechado ao futebol desde 2017. Para 2019, Brasiliense e Taguatinga contam com o estádio para o campeonato local.

O presidente do Taguatinga Esporte Clube, Edmilson Marçal não considera outra opção para mandar os jogos da Águia. Não temos plano B, estou confiante de realizar os jogos lá”, revela o cartola. Como a equipe estreia fora de casa – em Formosa-GO, contra o time local -, o prazo é maior para confirmar a estreia do clube como mandante no Serejão.

No Brasiliense, porém, o panorama é outro. Eduardo Ramos, diretor do Brasiliense, espera jogar no Serejão, mas não se apega muito às possibilidades de ter o estádio para o Candangão 2019. Tem na manga planos para mandar jogos no Mané Garrincha ou, em último caso, o Jacaré receberá os adversários em Ceilândia, no Abadião.

Em contato com a Administração Regional de Taguatinga, a Esportes Brasília foi informada de uma suposta reunião realizada na tarde da última terça-feira (15) entre os gestores da RA e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), um dos órgãos responsáveis pela liberação do estádio. E as conversas, segundo servidores da Administração, “estão muito bem encaminhadas”.

Porém, o Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros desconhece a reunião alegada pela Administração Regional de Taguatinga. Questionada pela nossa equipe de reportagem, a administradora Karolyne Guimarães respondeu apenas que a gestão “está tentando a liberação do estádio”.

Quarentão

Localizado entre Taguatinga-DF e Ceilândia-DF, o Serejão chega à quarta década de existência em situações precárias. O entorno do estádio foi tomado por insetos e poças de lama – ainda mais na época das chuvas. As bilheterias se deterioram à revelia, sem qualquer reparo sequer na pintura. Entradas, portões e grades estão corroídas pela ferrugem.

Inaugurado em 1979 pelo então governador Elmo Serejo, o campo de jogo já recebeu até final de Copa do Brasil, quando Brasiliense e Corinthians disputaram a final do torneio em 2002. Também foi casa do Jacaré nas diversas participações na Série A do Campeonato Brasileiro no início do século.

Em 1999, as obras tomaram conta da praça esportiva, que só seria reaberta em 2001. 15 anos depois, uma nova reforma foi iniciada e o estádio interditado. Desta vez, porém, não houve reabertura ao esporte. Hoje, quando muito, é palco de outro futebol: o americano. Em 2017, o local recebeu alguns jogos da Segundinha, mas sem entrada de torcida, por conta da precariedade das arquibancadas.

O recorde de público registrado no estádio aconteceu na época da grande fase candanga no futebol. Em 2001, Brasiliense e Gama levaram 34.228 pessoas ao Serejão, mais de sete mil além da capacidade atual. Era o ano da consolidação do Jacaré no futebol do DF, e o estádio foi palco de grandes festas da torcida amarela.

Em 2019, ainda não se sabe ao certo se as torcidas candangas terão a oportunidade de novamente encher o Serejão.

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