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Futebol

Gama x Brasiliense: relembre história do clássico, último confronto e placar geral

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Gama x Brasiliense

No próximo domingo (17) o futebol de Brasília vai parar para ver o maior clássico do DF. Estamos falando de 20 títulos em campo, sendo 11 do Gama e nove do Brasiliense. Em 2019, as duas equipes se enfrentam em excelente momento. Para um jogo dessa magnitude, nada mais justo que nós voltemos no tempo para lembrar alguns fatos importantes sobre Gama x Brasiliense. Vem com a gente, leitor!

Como foi em 2018: relembre escalações

No Candangão do ano passado, o Brasiliense era o mandante da partida, que aconteceu no estádio Mané Garrincha. Se hoje as duas equipes estão com 19 pontos, sendo seis vitórias e um empate, em 2018 o panorama era diferente. Cada um já tinha uma derrota (o Gama havia perdido para o Bolamense, e o Brasiliense para o Real, ambos na estreia), coisa que ainda não aconteceu neste ano. O Periquito somava nove pontos, enquanto o Jacaré tinha sete. Era a quinta rodada da primeira fase.

Naquela oportunidade, as duas equipes eram bem diferentes. O Brasiliense entrou em campo com: Bruno Fuso; Patrick (Filipe Cirne), Wallace, Badhuga e Mário Henrique; Aldo, Gabriel, Romarinho (Elcarlos) e Souza; Nunes e Reinaldo (Peninha). Desses, o zagueiro Badhuga, o meia Gabriel e os atacantes Romarinho e Reinaldo, que iniciaram a partida, continuam na equipe.

Do lado do Gama, o time foi: Léo; Murilo (Marcos Douglas), Lúcio, Jacó e Rafinha; Wagner, Robston, Tarta e Gordo (Fábio Gama); Fábio Saci (David Dener) e Fernandinho. Assim como no Jacaré, poucos são os atletas remanescentes: apenas Tarta, Wagner e Gordo ainda vestem a camisa alviverde.

O clássico foi disputado, do jeito que um Gama x Brasiliense merece. O alviverde foi quem marcou primeiro, logo no início do jogo, aos sete minutos. Após bate-rebate na ponta direita, a bola sobrou para Fábio Saci, que rolou para Gordo chutar colocado, no canto do goleiro Bruno Fuso. Porém, o Brasiliense buscou o empate e depois a virada. Aos 41 minutos da primeira etapa, Badhuga dominou no peito, invadiu a área e foi derrubado por Jacó. Pênalti assinalado pelo árbitro Sávio Sampaio. Na cobrança, Nunes deslocou o goleiro Léo para igualar o marcador.

No segundo tempo, veio o gol da vitória amarela. Quando o relógio apontava 34’, Souza enfiou a bola para Nunes, que chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola viajou até encontrar Felipe Cirne, que chutou forte, no meio do gol. Confira os melhores momentos da partida, com a narração de Diego Marques:

Viraram a casaca

Ao observar as escalações citadas há pouco, notamos que teve gente virando a casaca e vestindo a camisa do rival em 2019. Lúcio e Gleissinho, antes no Gama, hoje estão no Brasiliense. Nunes e Mário Henrique fizeram o caminho inverso: saíram da Boca do Jacaré rumo ao Ninho do Periquito. Todos são titulares absolutos até então.

O pentacampeão Lúcio já disputou a série D do ano passado pelo Brasiliense e continuou no esquadrão amarelo em 2019. Já Gleissinho, Mário Henrique e Nunes acertaram as transferências somente no início da atual temporada. Veja abaixo os atletas com fotos dos antigos clubes:

Brasiliense à frente

O jogo de domingo (17) será o clássico de número 57 da história do confronto. Até aqui, foram 20 vitórias do Brasiliense, 16 do Gama e 20 empates. Além disso, foram marcados 119 gols, sendo 67 do Jacaré e 52 do Periquito. Ou seja, o time amarelo leva boa vantagem.  Em contrapartida, o alviverde tem mais taças: são 11 da equipe gamense contra nove do Ense.

Desses 20 títulos, quatro foram definidos com os dois na grande final. Em 2001 e em 2003, os gamenses levaram a melhor, enquanto em 2006 e em 2011, o time de Taguatinga saiu vitorioso. Lembrando que, em 2004, o Candangão era disputado por pontos corridos e o Brasiliense levou a melhor em cima do Gama na final do segundo turno. Como havia vencido o CFZ na final do primeiro turno, foi campeão sem precisar de outra disputa.

Se hoje o Brasiliense está apenas na Série D e o Gama não tem divisão nacional, os anos passados nos contam uma história bem diferente. O torcedor já teve o prazer de ver ambos esquadrões levantarem o troféu do Brasileirão Série B. Enquanto o alviverde foi campeão em 1998, ao levar a melhor sobre o Botafogo-SP, Desportiva-ES e Londrina-PR no quadrangular final, o time amarelo foi o vencedor do ano de 2004 – quando ainda tinha quatro anos de existência, vencendo um grupo formado por Fortaleza-CE, Avaí-SC e Bahia.

Além das disputas da Série B, vários outros feitos marcam as memórias dos torcedores. Quem não se lembra da final da Copa do Brasil de 2002 entre Brasiliense x Corinthians, em arbitragem até hoje contestada (vídeo acima)? Ou do Vasco 1×2 Gama, na Copa do Brasil de 2007, em pleno Maracanã, quando o time do DF derrotou o cruzmaltino de Romário, Renato Gaúcho, Darío Conca e cia.? Era um jogo de enorme expectativa para o gol 1000 do Baixinho, que passou em branco e ainda saiu eliminado.

Recentemente, em 2016, tivemos a final da Copa Verde entre Gama x Paysandu. O Papão da Curuzu acabou levando a melhor, mas a boa campanha do alviverde não passa batido. Pelos lados do Jacaré, podemos lembrar de 2007 novamente, quando a equipe foi à semifinal da Copa do Brasil, mas acabou eliminada pelo Fluminense após empatar no estádio Serejão e ser derrotada no Maracanã.

E agora?

Em 2019, o panorama é muito bom para ambas equipes, pelo menos a nível estadual. Ambos são líderes do Candangão com 22 pontos, mas o Periquito aparece na liderança devido ao saldo de gols (16×14). Enquanto o alviverde tem melhor ataque, com 20 gols, a equipe amarela conta com a melhor defesa e não sofreu nenhum gol sequer. Inclusive, essa é a melhor marca da história do Candangão: são 720 minutos sem buscar a bola no fundo do gol. O Gama, que só disputa o Candangão, sonha com um calendário mais longo para 2020. A busca é por uma vaga na final para, assim, garantir as disputas do Copa do Brasil e do Brasileirão Série D.

Vítor Xavier com a bola e, ao fundo, Jefferson Maranhão. Torcedor gamense tem gastado o grito de gol com o ataque alviverde. Foto: Douglas Oliveira/Fértil COmunicação

Do lado do Brasiliense, a história é outra. Com o vice-campeonato em 2018, o Jacaré já disputou a Copa do Brasil e foi eliminado para o CRB-AL. Porém, ainda conta com a disputa da Copa Verde e da Série D, na qual vai buscar o acesso à terceira divisão nacional. Sendo assim, o time comandado por Adelson de Almeida tem garantia de calendário um pouco mais longo do que o do arquirrival.

Por outro lado, esse cara aqui vai para o 11º jogo da temporada. Gols sofridos? Zero. Foto: Lucas Bolzan/Brasiliense EC

A melhor defesa do Candangão 2019 é do Brasiliense, enquanto o melhor ataque é o do Gama. Será que a comissão de frente de Nunes, Vitor Xavier, Jefferson Maranhão e cia. conseguirá furar o bloqueio amarelo de Edmar Sucuri, Lúcio, Antônio Carlos, entre outros? Qual seu palpite? O próximo capítulo será escrito no próximo domingo, às 17h, no estádio Bezerrão. Onde acompanhar, você já sabe: aqui na Esportes Brasília, a número 1 em esportes!

Gabriel Lima é jornalista e editor executivo da Esportes Brasília. Já cobriu uma Copa do Mundo da FIFA (2019).

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