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Futebol

Federação do DF cai no ranking da CBF e sinal de alerta é aceso no futebol brasiliense

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Atualizada em 12/12/2019 às 18:36

O futebol brasiliense não tem vivido bons tempos em disputas do futebol brasileiro. Times da capital federal não frequentam a terceira divisão nacional desde 2013, quando o Brasiliense participou daquela edição e foi rebaixado para a Série D 2014 ao ser derrotado pelo Cuiabá/MT no Serejão por 2×1.

Desde então, equipes da capital federal participaram apenas e tão somente da Série D do Brasileirão, da recém criada Copa Verde e da Copa do Brasil.

Os times que foram mais longe foram o mesmo Brasiliense, que acabou eliminado pelo Campinense/PB nas oitavas de final da série D 2018, e o Ceilândia, que em 2017 parou frente ao América/RN nas oitavas de final da série D e, em 2016, foi eliminado pelo Fluminense/BA na mesma fase.

Jogadores do Fluminense/BA comemoram a classificação para a próxima fase da Série D 2016 – Foto: ceilandiaec.com.br

Assim, o ranking das federações acabou deixando a entidade brasiliense para trás. Em 2018, a FFDF aparecia na 20ª posição do ranking (válido para 2019), com 2.380 pontos. Isso fez com que apenas o Gama – atual campeão candango – jogue, pra valer, a Série D 2020. Já o Brasiliense – vice-campeão local, terá que passar por uma pré-Série D, com a possibilidade de não ter vaga assegurada no certame nacional.

O sinal de alerta acendeu de vez no futebol de Brasília nesta semana, quando foi divulgado o ranking atualizado de federações da CBF. A FFDF caiu uma posição e está na 21ª colocação, com 2.237 pontos, o que dá direito ao Distrito Federal de ainda ter duas vagas diretas na Copa do Brasil e uma vaga direta na Série D, sendo que a outra é destinada à pré-Série D.

Na 20ª posição está o estado do Amazonas, com 2.245 pontos. Já em 22º está o Mato Grosso do Sul, com 2.059 pontos. Na sequência estão Espírito Santo, Tocantins, Rondônia, Amapá e Roraima.

Vale lembrar que, a partir do vigésimo colocado, todos esses estados possuem apenas uma vaga direta na Série D e outra vaga na pré-série D. Já em relação à Copa do Brasil, do 20º ao 22º, os estados levam duas vagas. A partir do 23º, o estado tem direito a apenas uma vaga.

Gama conquistou o título candango em 2019 e volta a disputar competições nacionais após cinco anos – Foto: Marco Antônio Tchefy/Agência EB

E o que dizem os clubes?

A Esportes Brasília ouviu dirigentes de Gama e Brasiliense, clubes que vão representar o Distrito Federal em competições nacionais no ano que vem, além da Federação de Futebol do DF.

Por meio da assessoria de comunicação, a diretoria do Brasiliense afirmou estar esperançosa, mesmo com a subida do time no ranking de clubes. “Estamos satisfeitos com a ascensão do Brasiliense no ranking da CBF. Isso mostra que se manter em competições nacionais eleva o clube nacionalmente e é o que queremos sempre daqui para frente”.

Já a diretoria do Gama assegura que montou um elenco competitivo para a próxima temporada visando auxiliar o futebol local. “A gente montou um elenco pra não ser mero expectador. A gente montou um time para chegar às finais de todos os campeonatos. A ideia é essa, pois a gente quer subir de qualquer jeito pra série C. Os clubes federados têm que ir bem nas competições nacionais. É muito justo. Não tem nada de anormal a CBF fazer isso”, opinou Arilson Machado, diretor financeiro do alviverde.

E a Federação?

A EB também procurou a FFDF para que se posicionasse a respeito da situação. O presidente Daniel Vasconcelos frisou, em mensagem enviada à redação, que a Federação tem apoiado os clubes da melhor maneira possível, mas que não pode determinar o que cada time fará.

“O papel da federação é se estruturar, organizar e apoiar os filiados. E isso estamos fazendo da melhor maneira possível. Estamos cumprindo todas as determinações para que possamos ter uma postura melhor, perante a CBF. Esse trabalho estamos fazendo dia após dia. A Federação não tem poder para dizer se o time está fazendo certo ou errado, mas apoiando sempre que somos procurados. Sabemos que a situação é preocupante, pois vamos perdendo os direitos, mas infelizmente, não temos como intervir nisso, pois a FFDF não vai montar um time, nem ter gerência sobre um clube”, disse Daniel.

Rener Lopes é jornalista formado pela UCB. Atua na mídia esportiva desde 2006, com passagens por sete rádios, como narrador, apresentador e setorista. Tem no currículo três olimpíadas (Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016), três Copas do Mundo (Brasil 2014, Rússia 2018 e Qatar 2022) e duas Copas América (Brasil 2019 e 2021).

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