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Futebol

Assembleia na FFDF não aprova rever balanços e dirigentes querem a saída do atual presidente

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Em atendimento à convocação do presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Erivaldo Alves, foi realizada uma assembleia na manhã da sexta-feira, na sede da entidade, no Setor de Autarquias Sul de Brasília. Com presença de seguranças contratados e tendo acesso somente presidentes de clubes, a imprensa não pode acompanhar o encontro. Quem compareceu à Federação depois de muitos anos de ausência foi Fábio Simão, ex-presidente da entidade.

A reabertura da prestação de contas, bem como dos balanços de 2016, foi colocada em votação e não foi aprovada pela maioria dos dirigentes. Porém, o que dominou o debate foi a questão levantada pelo presidente do Samambaia, Neimar Frota, sobre um valor de R$ 300 mil pedidos por empréstimo junto à CBF, mas que não constaram na prestação de contas.

Os ânimos ficaram bastante acalorados e acabou que tudo ficou encaminhado para uma próxima assembleia a ser marcada, com o fim de analisar estes valores citados. O presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, acabou não comparecendo à reunião, juntamente com os presidentes de Formosa e Paracatu.

Imprensa foi proibida de acompanhar a assembleia dos dirigentes dos times filiados à FFDF. Equipes querem a saída do atual presidente - Foto: Sérgio Porto/Agência EB

Imprensa foi proibida de acompanhar a assembleia dos dirigentes dos times filiados à FFDF. Equipes querem a saída do atual presidente – Foto: Sérgio Porto/Agência EB

O presidente do Sobradinho, o ex-volante Tulio Guerreiro, disse que a pergunta que fica no ar é sobre os R$ 300 mil. “Ficamos três horas conversando, discutindo e a principal parte envolvida, o Ceilândia, não compareceu por problemas particulares. A gente aguarda uma posição dele, pois existe uma denúncia do presidente da Federação e de um presidente de outro clube dizendo o destino deste dinheiro. Ficamos decepcionados e até constrangidos de dizer que fazemos parte de uma federação e não participamos de algumas decisões delas. Vamos aguardar quais as providências se as coisas vão ser resolvidos aqui entre os federados, ou no inquérito policial ou ministério público. Todos lutamos pelo futebol de Brasília”, disse o presidente do Sobradinho, em entrevista à Rádio DF10, parceira da Esportes Brasília.

Roberto Marques, representante do Real FC, afirmou que pouco se fez nesta reunião, pois só se ouviram gritarias, acusações e não trazendo provas. “Esta assembleia se tornou infrutífera para mim. A Federação mostrou em um computador que fez um repasse para o Ceilândia, sendo R$ 100 mil em transferência e R$ 100 mil em espécie. O presidente da Federação disse que já fez boletim de ocorrência para levantar tudo isso. Pelo menos cinco ou seis dirigentes de clubes querem que o presidente Erivaldo Alves seja afastado. Eu acho que não chegaremos a isso. Mas pelo Código Civil, estes presidentes tem direito de exigir uma nova assembleia para votar a saída ou não do presidente”, opinou.

O presidente do Gama, Weber Magalhães, foi político e disse que a reunião foi de rotina. Já o representante do Brasiliense, Eduardo Ramos, não quis se manifestar sobre a assembleia.

Neimar Frota, presidente do Samambaia, disparou que o presidente da Federação, Erivaldo Alves, tem de se afastar da comando da entidade. “Tudo isso é para que possamos continuar as investigações. Ele está parecendo o ex-presidente da República, que disse que não recebeu apartamento, não sabe de nada, não viu nada. Caso o presidente Erivaldo não pegou recibo do dinheiro que passou para o clube, isso é problema dele. Temos aí um fato: sumiram R$ 375 mil. É muito dinheiro. Vamos chamar uma nova assembleia e vamos rever as contas. Para mim até a Receita Federal foi burlada. Não foram pagos os impostos dos R$ 375 mil. Eu, como presidente do Samambaia, vou buscar na justiça a intervenção na Federação de Brasília”, garantiu.

O presidente da Federação, Erivaldo Alves, e o vice-presidente da FFDF e ex-presidente do Luziânia, Daniel Vasconcelos, foram procurados pela reportagem da Esportes Brasília, mas não quiseram se manifestar oficialmente.

Coube ao diretor de futebol da entidade, Márcio Coutinho, falar sobre a posição da Federação. Questionado se haverá intervenção na Federação, Márcio negou a informação. “A princípio nada disso foi falado, teve a assembleia para ver a votação sobre se seria refeita a prestação de contas de 2016. Foi rejeitada esta proposta. Aí então se encerrou esta parte. Na próxima semana deve ser marcada uma nova assembleia para se ver o que se faz sobre o que se comentou sobre este dinheiro que teria sido repassado ao Ceilândia”, ressalta.

Márcio também afirma que precisa ouvir o Ceilândia, nominado na situação. “Temos de aguardar para conversar com o Ari Almeida, presidente do Ceilândia, que não compareceu hoje, para que ele nos esclareça esta situação. O Ari e o Erivaldo tem que conversar entre os dois, pois há muitos documentos sobre este assunto. Vamos marcar uma nova assembleia para resolver as pendências. Eu não vim aqui para passar por isso tudo. Temos que resolver isso e depois pensar no Candangão”, completou o diretor.

O próximo encontro do Conselho Arbitral do Candangão está marcado para o dia 6 de outubro. A competição de 2018 começa no dia 20 de janeiro, com 12 participantes.

Natural de Pelotas/RS, Sérgio Porto é jornalista com passagem pelas rádios Planalto AM, Clube AM, Nossa FM, Jovem Pan Brasil e DF10, parceira da Esportes Brasília. Também atua como repórter freelancer em diversas emissoras de rádio do país.

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