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Futebol

Árbitro vai a julgamento por confusão durante partida do Candangão

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Habitualmente, você vê aqui na Esportes Brasília que jogadores, técnicos, dirigentes, equipes, e até mesmo torcidas organizadas, vão a julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal por infrações cometidas em partidas dos campeonatos locais e nacionais.

Mas desta vez, o TJD/DF vai analisar na próxima terça-feira (09) uma situação inusitada. O árbitro Almir Camargos, que apitou o confronto entre Luziânia e Ceilândia, válido pela décima rodada do Candangão, e vencido pelo time goiano por 3×1, será julgado pelo processo 019/2019.

Segundo a súmula da partida, registrada na Federação de Futebol do Distrito Federal, Almir expulsou o atacante Wallace, do Ceilândia, aos 38 minutos do segundo tempo, depois de ter tomado um cartão amarelo por reclamação. O atleta não teria ficado satisfeito com a penalidade e partiu para cima do árbitro, “peitando-o” e depois desferindo um chute que atingiu a coxa dele.

No entanto, em um “impulso do experiente, mas humano árbitro” – de acordo com o documento -, Almir revidou também dando um chute em Wallace. A confusão só parou pois a Polícia Militar do estado de Goiás entrou em campo e separou a briga.

“Ele recebeu cartão amarelo por reclamação, me peitou empurrando-me, me deu um pontapé e, em seguida, tentou agredir-me novamente. Foi quando, num ato de defesa, desferi um chute nele”, disse Almir, em entrevista à EB.

Almir tentou se defender após ter tomado um chute de um atacante do Ceilândia revidando. “Foi em minha defesa”, garante – Foto: Nonato Borges/Galera Candanga

Questionado se bateu algum arrependimento pela reação inusitada, Almir se defende. “Com certeza, né (sic). Estamos numa reta final de campeonato e ficam difícil as coisas”, conta.

Punições

Ainda de acordo com o documento, após o jogo, Murilo, capitão do Ceilândia, e alguns jogadores foram até Almir para pedir desculpas em nome do time. No entanto, não adiantou. Tanto Almir, como Wallace, vão a julgamento na próxima terça-feira (09) por infringir o Artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva:

Praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente. Desferir chutes ou pontapés, desvinculados da disputa de jogo, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido. Se a ação for praticada contra árbitros, assistentes ou demais membros da equipe de arbitragem, a pena mínima será de suspensão por 180 dias.

Quem também vai a julgamento será o Luziânia, mandante da partida, mas pelo Artigo 213:

Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto, invasão do campo ou local da disputa de evento desportivo ou lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.

O time pode ser multado em até cem mil reais e ainda pode ter a perda de mando de campo de um a dez jogos.

Tanto Luziânia, quanto Ceilândia estão fora do Candangão 2019. O azulino goiano foi eliminado pelo Paracatu nas quartas de final. Já o gato preto sequer classificou para a segunda fase, terminando a competição na nona posição.

Rener Lopes é jornalista formado pela UCB. Atua na mídia esportiva desde 2006, com passagens por sete rádios, como narrador, apresentador e setorista. Tem no currículo três olimpíadas (Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016), três Copas do Mundo (Brasil 2014, Rússia 2018 e Qatar 2022) e duas Copas América (Brasil 2019 e 2021).

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