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De Olho nas Olimpíadas

Sim, nós podemos! Sim, nós fizemos!

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A Cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 encantou o mundo. Com show surpreendente que contou desde a história do descobrimento do Brasil passando por nossas tradições; trouxe poesia, musicais, dança e muita tecnologia. O Brasil mostrou um espetáculo criativo, colorido, inovador e emocionante, que iniciou com um grande show pirotécnico. E a festa não empolgou somente quem estava no Maracanã, a imprensa internacional também se rendeu ao gingado brasileiro.

O espetáculo falou por si só. Mesmo que não houvesse nenhum narrador explicando a sequência da programação, os espectadores certamente entenderiam nossa história, bem contada, começando com os 72 indígenas, muita projeção de luzes em 3D, figurinos de época, caravelas, a réplica do14 Bis e muitos efeitos especiais. E claro, quem não ficou hipnotizado ao ver Gisele Bundchen, deslumbrante, desfilar com doce balanço ao som de “Garota de Ipanema”, pela passarela mais longa de sua vida. A canção interpretada ao piano por Daniel Jobim, neto de Tom, é considerada uma das mais tocadas no mundo.

Os destaques ficaram por conta dos ritmos contagiantes e bem brasileiros do samba, passinho e o funk, (ritmos que nasceram nas favelas cariocas), e os sons dos maracatus que contagiaram e levantaram a arquibancada. Os bailarinos fizeram um espetáculo à parte, com ritmo, balanço e acrobacias e até escalaram réplicas de prédios representando as metrópoles brasileiras. O momento da entrada das delegações arrancou muitos aplausos, mas o auge foi quando, pela primeira vez, uma delegação independente e sem bandeira, composta por 10 refugiados, entrou no estádio. A delegação brasileira entrou logo após, muito alegre e eufórica. Um momento inusitado foi quando cada atleta recebeu uma semente de planta nativa brasileira que era depositada em um tubete e que serão plantadas em Deodoro.

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 no Estádio do Maracanã encantou o mundo - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 no Estádio do Maracanã encantou o mundo – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Na sequência, tivemos um grande desfile com as 12 escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e os cantores Anitta, Caetano Veloso e Gilberto Gil que embalaram a plateia ao som de “Isso aqui, o que é?, de Ary Barroso. A cerimônia de abertura teve um olhar para as causas sociais e ambientais. Jovens marginalizados, empoderamento dos negros e questões homofóbicas foram lembradas na festa. O tamanho da pira Olímpica do Rio, tem uma pequena chama, que faz com que essa quantidade de fogo, tenha baixa emissão de carbono, de acordo com os organizadores do evento.

A Bandeira Olímpica foi carregada por atletas que se destacaram no esporte como a jogadora de futebol feminino Marta, Sandra Pires (vôlei de praia), Oscar Schmidt (basquete), Torben Grael (vela), Emanuel (vôlei de praia), Joaquim Cruz (atletismo) e também por personalidades como a juíza Ellen Gracie e a fundadora do Instituto Pró-Criança Cardíaca, Rosa Célia Pimentel Barbosa. Coube ao medalhista olímpico Robert Scheidt (iatismo), fazer o juramento em nome dos atletas, em que se comprometem a competir sem recorrer à utilização de substâncias proibidas pelo Comitê Internacional Antidoping.

Vanderlei Cordeiro de Lima, durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas Rio 2016, no estádio do Maracanã - Foto: Ricardo Stuckert/ CBF

Vanderlei Cordeiro de Lima, durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas Rio 2016, no estádio do Maracanã – Foto: Ricardo Stuckert/ CBF

Após muita especulação, emoção e suspense, finalmente conhecemos os condutores da tocha olímpica até o momento mais esperado e aguardado, quando o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro consagrado com a medalha Pierre de Coubertin, acendeu a pira olímpica, depois de receber a tocha da jogadora de basquete Hortência e do tenista Gustavo Kuerten. A grande apoteose da Cerimônia foi quando a pira em formato de um caldeirão subiu até alcançar o centro de uma escultura cinética (que explora movimentos físicos ou ilusão de óptica) que representa o sol. A obra é do americano Anthony Howe, famoso pelos trabalhos que se movem com o vento.

Que seus raios possam iluminar e inspirar todos os atletas, unir os povos, cultivar o espírito esportivo e inspirar a paz e a tolerância por todo o mundo. Fizemos um grande espetáculo na Cerimônia de Abertura e mostramos nossa diversidade cultural e nossa proposta por um mundo com mais responsabilidade ambiental e social. Que venham as medalhas!

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